O-Soto-Gari Madureira: A 5ª e Última Sinfonia
O melhor deste trabalho exaustivo (as páginas 1 e 2 foram entregues, cada uma, no prazo de 7 dias, tal como nos prazos de quadrinhistas profissionais; já as demais...) foi a criação das “imagens das palavras”: criar cenas e cenários por cima de narrativa textual foi como fazer Cinema, guardadas as devidas proporções. Assim, além das transposições ‘ipsi litteris’, pude desenhar “cenas inéditas” por sobre passagens do conto (exemplos: as cenas de sexo entre as jovens, nenhuma narrada originalmente; a “idéia da faca”, que se converte, nesta 5ª e última página, numa tesoura que corta as fotos etc.), idealizadas sobre as “entrelinhas” do texto de meu amigo.
Vali-me do recurso do “cineminha” no topo da página para ganhar espaço ao contar toda a ação contínua de Abraão (nome do "sem-face", finalmente revelado ) ao "recortar-se" das fotos de sua relação com Prisclia e escrever-lhe o “bilhete final” – e, para homenagear o Cinema Mudo, os primeiros “quadrinhos em movimento” da História! Quanto ao “miolo” da folha, até então ocupada por uma cena de sexo “não-explícito”, senti que necessitaria do impacto de um “sexo violento”, tal como largamente descrito no conto, onde são explicados os golpes de judô – no meio da pancadaria sonhada como uma vingança tardia por Abraão, fica claro no texto original que toda aquela selvageria passava diretamente pelo desejo sexual reprimido do jovem judoca... Quanto ao final com o “trem do Novo Aeon” (acho que desta vez será possível ler “Novo Aeon – Viações Madureira” na frente do trem: consegui ampliar a página), inovei completamente: o personagem principal do conto não tinha um “final” na Literatura; por isso decidi criar-lhe um – final em aberto, de fato, mas algo que desse uma mínima redenção ao jovem sofredor pelas inconsequências amorosas de sua namorada... Acabei criando a idéia de um trem que não se sabe para onde vai, mas que, pelas referências diretas e indiretas à canção Trem das 7, de Raul Seixas (o nome pintado no trem e a canção tocando ao fundo num ‘micro-system’ de um passageiro na passarela), carrega alguém muito parecido com Abraão – agora, finalmente visto fora das sombras, para um lugar que nem ele mesmo sabe...
Clique na imagem para ampliá-la numa nova janela e acompanhe tudo com a trilha de Beethoven ao fundo.
O melhor deste trabalho exaustivo (as páginas 1 e 2 foram entregues, cada uma, no prazo de 7 dias, tal como nos prazos de quadrinhistas profissionais; já as demais...) foi a criação das “imagens das palavras”: criar cenas e cenários por cima de narrativa textual foi como fazer Cinema, guardadas as devidas proporções. Assim, além das transposições ‘ipsi litteris’, pude desenhar “cenas inéditas” por sobre passagens do conto (exemplos: as cenas de sexo entre as jovens, nenhuma narrada originalmente; a “idéia da faca”, que se converte, nesta 5ª e última página, numa tesoura que corta as fotos etc.), idealizadas sobre as “entrelinhas” do texto de meu amigo.
Vali-me do recurso do “cineminha” no topo da página para ganhar espaço ao contar toda a ação contínua de Abraão (nome do "sem-face", finalmente revelado ) ao "recortar-se" das fotos de sua relação com Prisclia e escrever-lhe o “bilhete final” – e, para homenagear o Cinema Mudo, os primeiros “quadrinhos em movimento” da História! Quanto ao “miolo” da folha, até então ocupada por uma cena de sexo “não-explícito”, senti que necessitaria do impacto de um “sexo violento”, tal como largamente descrito no conto, onde são explicados os golpes de judô – no meio da pancadaria sonhada como uma vingança tardia por Abraão, fica claro no texto original que toda aquela selvageria passava diretamente pelo desejo sexual reprimido do jovem judoca... Quanto ao final com o “trem do Novo Aeon” (acho que desta vez será possível ler “Novo Aeon – Viações Madureira” na frente do trem: consegui ampliar a página), inovei completamente: o personagem principal do conto não tinha um “final” na Literatura; por isso decidi criar-lhe um – final em aberto, de fato, mas algo que desse uma mínima redenção ao jovem sofredor pelas inconsequências amorosas de sua namorada... Acabei criando a idéia de um trem que não se sabe para onde vai, mas que, pelas referências diretas e indiretas à canção Trem das 7, de Raul Seixas (o nome pintado no trem e a canção tocando ao fundo num ‘micro-system’ de um passageiro na passarela), carrega alguém muito parecido com Abraão – agora, finalmente visto fora das sombras, para um lugar que nem ele mesmo sabe...