segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Quem quer dinheiro?

Shaná Tová Umetuká: feliz 5.769, Senor
Abravanel, e parabéns pelos 50 anos do baú...


Sem dúvida, o SBT quer! Amargando ter perdido o segundo lugar de audiência desde que a nada cristã Record se “desconverteu” e se transformou numa cópia do “padrão Globo de qualidade”, há tempos que o eterno Homem do Baú tem sua emissora mais veiculada para a divulgação de seus próprios negócios (o Panamericano, maior fonte de lucro do “Patrão” atualmente, a Tele-Sena, Jequiti e o próprio Baú da Felicidade), vindo hoje a ficar atrás mesmo até da Bandeirantes em muitos horários... Tudo bem que a reapresentação de Pantanal, o inesgotável sucesso de Chaves (que, de tão bom, ainda alavanca as audiências ao substituir atrações que não rendem, nos horários mais diversos) e a cativante presença de Silvio Santos no ar até hoje deixam a emissora sempre em destaque, mas não posso negar uma melancolia ao ver o melhor comunicador da televisão brasileira ter que se submeter a reciclar antigos sucessos (Topa Tudo por Dinheiro, Qual é a Música, Hot, Hot, Hot e Roletrando) para ver se a emissora alcança alguns pontinhos a mais no IBOPE...

Mas também não posso negar que a desistência de sua aposentadoria antecipada me fez nostalgicamente mais feliz: afinal, ver Silvio Santos, aos domingos, entoando antigos chavões (“Quem quer dinheiroooo?”, “Lê, lê, lê, ô, chama eeeu!”, “Eu só acredito... vendo!”) e marchinhas de carnaval (“A pipa do vovô”, “Coração Corintiano”, "Vai com Jeito”) me remete às velhas tardes de domingo (“tantas alegrias/ Velhos tempos, belos dias”) de minha infância, em que o Programa Silvio Santos reinava absoluto nas tardes dominicais das famílias, ganhando disparado de qualquer enlatado americano que a Globo exibisse até os “horários nobres" de Os Trapalhões e Fantástico... Só faltava o Mestre Abravanel retornar com Domingo no Parque, Porta da Esperança e Show de Calouros! Quem sabe?...

Por ora, enquanto pratas da casa, como Hebe, Ratinho e Adriane Galisteu, enfrentam problemas de renovação de contrato, e gente do calibre do Celso Portiolli e da Ana Paula Padrão (a bela jornalista apresenta apenas uma espécie de “Mundo Animal” às segundas!) são subestimados, ninguém sabe qual o futuro desta emissora tão com a cara do povo e dos anos 80... Não sabe? Então pergunta pra Maísa...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Um Super-Homem...


Como na canção do velho Paulo Diniz, ele veio de Piripiri ("De acordo com os sábios da língua, que mudaram a grafia primitiva, 'Peripery', para esta atual... Que, em dialeto indígena, originariamente, este nome significa 'capim', o que tem em abundância naquela cidade piauiense..."), peregrinou pelo País até instalar-se em São Luís e edificar uma linda família (que adotei com carinho desde tenra idade, quando dos bate-papos depois da aula com meu amigo exilado carioca Sérgio Roonie): ao amigo Odon Ferreira, você que faz versos, que ama, protesta (merecidamente reconhecido com uma placa pelo seu "Canto do Protesto" da Benedito Leite, onde já passei algumas vezes, de forma curiosa) e, que agora completa 80 anos de uma vida enciclopedicamente rica (ô, memória...) nesta noite cheia de emoções (as palavras do Bob e do próprio anfitrião, a atenção de D. Zenaide, o vídeo de Rodrigo, o novo documentarista da família, com Superman Love Theme ao fundo...) e de iguarias (ah, as delícias da Aleida!)... Segura o homem, que ele vai longe! E segue nossa admiração...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Além de 50 anos da Bossa Nova e do nosso primeiro título da Copa, existe um “aniversário duplo” que não pode ser esquecido: trata-se dos 50 anos de Michael Jackson e dos 25 anos de seu maior sucesso, Thriller, o disco mais vendido da história fonográfica, de acordo com o Guiness Book e com as milhões de cópias e dezenas de Grammies e de discos de platina... E eu tenho este clássico, em CD edição especial (com faixas extras e comentários de Quincy Jones), comprado a modestos 14 reais, contra os R$ 50 da atual “edição comemorativa dos 25 anos”...


Falar das maluquices e do quão bizarro se tornou o maior astro pop dos anos 80 é chover no molhado (prisões, escândalos, plásticas etc.), não há mais nenhuma novidade na figura tosca, na verdadeira caricatura de si mesmo em que Michael se enfronhou... Mas lembrar Thriller é muito mais que ser saudosista e falar dos anos 80 – é ouvir (e ver, uma vez que o clipe da canção carro-chefe do disco ainda é o maior vídeo musical de todos os tempos, verdadeira obra-prima em curta-metragem de 14 minutos de um dos maiores nomes daquela década, John Landis, diretor então recém-saído do sucesso Um Lobisomem Americano em Londres) um dos trabalhos mais completos de um artista: simplesmente quase todas as músicas viraram ‘hit’: Billie Jean (uma espécie de “adaptação inconsciente” de um clássico brasileiro, Nega Maluca, coisa que Caetano veio a enxergar naquele famoso ‘medley’), The girl is mine (ao lado do eterno ícone Paul McCartney, apesar de nunca ter convencido ninguém naquela "disputa" com o beatle sobre o amor de uma garota...), Beat it (clássico absoluto, que você ouve ao fundo), a própria Thriller (estouro de exibições numa então iniciada MTV, com destaque inédito para um artista negro), sem esquecer Wanna Be Startin' Somethin' e Baby be mine.

Tudo bem que Off the Wall já havia sido um grande ‘debut’ em sua carreira solo pós-Jackson Five (que “ameaçam” voltar ainda neste ano, talvez com a presença do próprio filho pródigo Michael), com o ‘hit’ eterno Don’t Stop ‘Til You Get Enough (abertura do global Videoshow), mas foi com a combinação perfeita de 'discomusic’/ritmos urbanos com coreografia e a ainda mais caprichada produção do mestre Quincy Jones que Michael Jackson, naqueles idos de 82/83, ascendia como um “Elvis” dos novos tempos para, depois, entrar num declive eterno (apesar de Bad e Dangerous terem-no mantido astro mundial até a década de 90), tamanha a qualidade daquele álbum, impossível de ser novamente alcançado... Impossíveis novos anos 80, com aquele Michael Jackson, outra vez...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

“O amor nasceu aqui…”



Se vens de fora ou chegaste agora, dá licença de contar: esta terra de contrastes tem mais poesia a dois por sobre os telhados e paralelepípedos, que hoje completam 396 anos de História, do que em qualquer outro lugar... Tanto que, por aqui, amores nascem de onde menos se espera e permanecem por séculos, indeléveis, impressos por sobre azulejos incautos e discretos, escondidos por entre o limo das paredes velhas... E eu, que pra ti sou parte viva destes sobrados e destas vistas cheias de sonhos, canto-te estas ruas e estes becos sem fim... E é tanta poesia, que esta cidade tem um hino oficial (cuja letra você acompanha abaixo), de autoria do poeta Bandeira Tribuzzi, e outro que já se oficializou pelos cantos dos amantes nos poentes encantados à beira-mar, a bela canção Ilha Magnética, de César Nascimento (que você ouve no belo vídeo-fotográfico acima). E por ser tão rica em poesia é que também cabe homenagem a um dos maiores que nasceram desta Ilha Encantada: Ferreira Goulart, que, quase empatado com o aniversário de São Luís, completará 78 anos no próximo dia 10...

CANTIGA PARA NÃO MORRER
Ferreira Goulart

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca como a neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina de branca neve,
me leve no esquecimento.



LOUVAÇÃO A SÃO LUÍS
Letra e Música de Bandeira Tribuzzi

Ó minha cidade
Deixa-me viver
que eu quero aprender
tua poesia
sol e maresia
lendas e mistérios
luar das serestas
e o azul de teus dias

Quero ouvir à noite
tambores do Congo
gemendo e cantando
dores e saudades
A evocar martírios
lágrimas, açoites
que floriram claros
sóis da liberdade

Quero ler nas ruas
fontes, cantarias
torres e mirantes
igrejas, sobrados
nas lentas ladeiras
que sobem angústias
sonhos do futuro
glórias do passado

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"Os Desafinados"


Não falo sobre o novo filme do Walter Lima Jr., que ainda nem estreou por aqui, mas, sim, de quão desacreditada viajava para a Suécia aquela que seria, em minha opinião, a maior seleção de todos os tempos: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando, Nilton Santos, Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo (para citar somente os maiorais que pintaram aquela linda final de 5 X 2, em Estocolmo, contra a dona da casa), em virtude dos fracassos nas Copas anteriores – saíram daqui sem pressão nenhuma e só mostraram afinamento e perfeição dignos da batida de João Gilberto naquele mesmo ano (que nunca deveria ter terminado...) ao longo dos jogos da Copa de 58. Mérito também do comandante Paulo Machado de Carvalho e do técnico Feola, que souberam administrar aquele inesquecível panteão azul (graças ao improviso do próprio Paulo, na final, uma vez que os suecos jogariam de amarelo...)! Inesquecível para quem gosta de Futebol, já que o brucutu Josué foi taxativo minutos depois do recente amistoso contra a Suécia, em comemoração aos 50 anos de nossa primeira conquista: "Não sei muita coisa sobre 58. Não era nascido. Mas o título está aí, é isso que importa"... É como bem disse o colunista esportivo José Roberto Malia: “Santa ignorância... Mas uma feliz realidade: quem nasceu para anão de Dunga jamais chegará à floresta encantada dos deuses da bola”. E viva a Santíssima Trindade: Pelé, Garrincha e Didi!
 

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