quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz Ano Velho...

Enquanto isso, no escritório da batcaverna...
Algumas coisas terminaram em preto e branco... Mas calma, amigo: dias melhores e mais cheios de cor hão de pintar por aí...

Mais 365 dias que se passaram com um monte de coisas boas e ruins... E mais 365 dias se aproximam, com mais um monte de coisas boas e ruins! Certeza, vi nos búzios, nas cartas, nos astros, no espelho, 'tá lá no evangelho, garantem os orixás e um profeta meio louco no final de minha rua: nesse 2010 acontecerão enchentes, um brasileiro se destacará num esporte, uma pandemia universal assustará a todos, grandes desastres ocorrerão, novos escândalos em Brasília serão revelados e abafados nas meias, bolsas e cuecas... Só rindo (e rezando!) mesmo para encarar uma retrospectiva desse 2009...





Mas amores sempre brotam, e dos lugares mais inóspitos, disso tenho certeza... E porque não atravessamos nenhum portal dimensional quando cruzarmos esta meia-noite entre quinta-31-12-2009 para sexta 1º-01-2010 é que desejo novos dias abençoados com novas alegrias, novas forças, novas saúdes e novas oportunidades e descobertas: porque o que tem que mudar não é o ano, mas nossa visão diante de tudo o que se apresentar... Portanto, felizes novas visões: feliz 2010!



domingo, 27 de dezembro de 2009

"Levado com o vento...":
Um Outro Crepúsculo...


Este finalzinho de 2009 ainda reservou uma última e deliciosamente nostálgica lembrança: ...E o vento levou completou 70 anos no último dia 15... Mas o que fez desse filme um clássico tão amado e lembrado por tantas gerações? Pela razão de ser então o maior orçamento cinematográfico (mais de 4 milhões de dólares) e milimetricamente preparado pelo produtor mão-de-ferro David O'Selznick (com uma campanha de publicidade iniciada três anos anes da estreia do longa)? A inesqucível música de Max Steiner (satirizada no encontro entre Dona Florinda e Professor Girafales no seriado mexicano Chaves)? Ou foi por causa da expectativa da adaptação do maior 'best-seller' da década de 30, livro homônimo de Margareth Mitchell sobre um tema caro para os norte-americanos: a Guerra da Secessão? Ou seria pela apelo romântico dos heróis Scarlett O'Hara e Rhett Butler, mocinhos atípicos, que viam seus personagens crescerem ao longo de quase 4 horas de projeção? Tudo isso somado ao fato de o filme ser realmente bom, com seus cenários grandiloquentes, sua fotografia inesquecível e todas as suas inovações tecnológicas?

A verdade é que só grandes filmes se tornam clássicos e mesmo a longa projeção (que, curiosamente, não cansa), os problemas com a megaprodução, que se refletem especialmente na metade final do filme, com alguns atropelos de narrativa (...E o vento levou foi concluído por Victor Fleming, mas dois outros diretores passaram pelo projeto: Cukor e Wood) e com o canastrão Clark Gable (antes desse genial personagem, seu melhor papel havia sido no excelente Aconteceu naquela noite, de Frank Capra) e com a normalmente teatral Vivien Leigh (seu melhor papel no Cinema seria no também teatral, porém excelente, Um Bonde Chamado Desejo, ao lado de Brando), a produção mereceu seus 10 Oscars e, sem dúvida, mesmo longe de ser o maior filme já feito, é um divisor de águas e uma página à parte da História do Cinema mundial!

Dois tristes capítulos à parte: Clark Gable morreu aos 59 anos, vítima de um ataque cardíaco e triste pela trágica morte de sua bela esposa Carole Lombard... Já a linda Vivien Leigh, endeusada pelo papel de Scarlett e pela aparentemente perfeita vida pessoal (casada com um dos maiores atores teatrais-cinematográficos, Sir Lawrence Olivier), acabou seus dias menos parecida com a heroína sulista de ...E o vento levou e muito mais próxima da louca Blanche DuBois, de Um Bonde Chamado Desejo (ou uma Rua Chamada Pecado, como foi lançado originalmente no Brasil em 52): maníaco-depressiva pelo excesso de paixão em tudo que fazia e por ser uma 'workahoolic', Vivien acabou abandonada por Olivier e, após dolorosas variações nervosas de desequilíbrio emocional e severos tratamentos de choque, morreu tuberculosa e envelhecida com apenas 53 anos... Tragédias dignas de qualquer folhetim adorado por décadas...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal pra Todos... Feliz Natal...


É inevitável, mas a primeira imagem de Natal que parece vir à mente é a de um pinheirinho (os nossos são de plástico, juntamente com aquelas traquitanas bregas de luzes e cores vermelhas), Papai Noel e neve, com musiquinha anglo-saxônica tocando ao fundo (cantada em Inglês ou na harpa) de uma loja superlotada de algum 'shopping center'... Logo em seguida, vem a visualização de uma rica ceia regada a bebidas, com muitos presentes entre familiares e amigos, num rica e farta noitada de mais uma festança completa... Por fim, vem a imagem de um presépio (de resina, dos tempos das casas de nossos avós) e a de um bebezinho bonito e loiro de olhos azuis entre animaizinhos, com uma estrela apontando o caminho para reis Magos que parecem nunca ter existido...

Mas, seja qual fora a sua praia, não há como ser indiferente a essa data, seja pela cristandade, pelo apego emocional junto aos que cada um deseja por perto, seja pela renovação de esperança forçada, pela festa em si... Que esses bons tempos de entressafra ajudem com que todos nós queiramos ser melhores a cada dia, com a consciência e com o próximo... Aos cristãos, judeus, ateus, familiares e amigos (aos próximos, aos que estão longe na distância, mas bem perto na lembrança e no coração), aos consumistas, farristas e comuns-homens-e-mulheres-de-mais-um-dia-qualquer: um feliz Natal - deixemos nascer em nós algo de novo por sobre a hipocrisia das falsas felicidades! E, no meio de tudo e de todos, quem sabe, façamos uma prece para algo maior que nós mesmos...

domingo, 20 de dezembro de 2009

Batman faz 70 anos!



Entenderam o xiste do cartum acima? Pois é, dá para imaginar nossos heróis envelhecendo como na vida real? Até que dá, o tema às vezes surge em alguma obra (como em A Máscara do Zorro, com Banderas)... Ademais, eu posso brincar, afinal ele é meu "chapa"! E é brincadeira leve esse 'cartoon' espirituoso, nada parecido com as grosserias de insinuações de homossexualidade dele com seu escudeiro (chatice que surgiu na década de 50 com o lançamento do estúpido livro A Sedução dos Inocentes e que perdura, até hoje, em forma de provocação por parte de quem não conhece o personagem), coisa que não admito! Afinal, o cara é "espada" e meu amigo há muito tempo, nem sei mais quanto... Desde os 8 anos, eu acho, quando acompanhava, pelo SBT, a série 'camp' da década de 60, o besteirol-mor estrelado por Adam West e Burt Ward com todos os exageros a que se tinha direito ("Soc, pow, crash"! Santa bobageira!)... Mas foi aos 12 anos, com o lançamento do filme de 89 (tudo bem: o roteiro era fraco e fragmentado; a edição, segmentada; e Michael Keaton não deu muito certo... Mas, no tratamento gótico de Burton e com Nicholson à vontade, a coisa toda gerou um resultado legal!), que passei a admirá-lo e a acompanhá-lo nas HQs...

O blogueiro de plantão atento já sabe de quem estou falando: o Homem-Morcego completou, no último mês de maio, 70 anos de heroísmo e mídia! Afinal, entre Quadrinhos, Séries 'live action' e desenhos animados para TV, filmes para o Cinema, brinquedos, materiais escolares e 'videogames', Batman já teve inúmeras versões - umas são excepcionais; outras, nem tanto! É por isso que, como homenagem tardia a este aniversário especial, nada melhor que "pesquisar" pela memória (como a cara Sônia gosta de dizer sobre meus textos) e trazer à tona os melhores momentos deste que já se tornou um verdadeiro ícone da cultura 'pop' mundial - e que me ensinou a gostar de HQs de heróis!


Melhores Momentos:


Em Batman Crônicas - Vol. 1, vemos um sombrio herói policial que ainda usa arma e mata (depois o personagem ficaria definido por não matar nem usar arma de fogo): são as primeiras e ótimas estórias de Batman, cobrindo de 1939 até 1942, com o aparecimento de clássicos personagens, como Robin e Coringa. Em Reino do Amanhã, o Homem-Morcego, em fase pós-A Queda do Morcego (esta mesma um bom arco de estórias, onde surgiu Bane para deixar Batman paraplégico, mas que não entra neste rol por ser uma daquelas artimanhas para aumentar vendagem!) e já envelhecido, tem que virar o jogo lidando com magnatas poderosos como Lex Luthor, armando formas de continuar combatendo o crime (através de uma horda de Batmans com armaduras especiais) e, de quebra, ajudar a Liga da Justiça num futuro negro para os heróis! O Cavaleiro das Trevas dispensa maiores comentários: foi a revista que alçou Batman, em definitivo, a uma nova e mais adulta esfera, com uma excelente estória que envolve Política, futuro dos heróis, porrada no Super-Homem e... Coringa!

E o palhaço do crime não poderia ficar de fora de uma das maiores obras-primas das HQs: A Piada Mortal, cinematograficamente, narra a eterna dualidade entre o Morcego e seu nêmesis, contando ainda, em meio a cores inesquecíveis, uma origem para o maior vilão dos Quadrinhos! Também imperdível é a série de trabalhos do Mestre Neal Adams (Biblioteca DC: Batman por Neal Adams - vol. 1) na reconstrução do personagem em meio ao caos urbano a partir de 1967. E, por fim, mas nada menos importante, Batman: Ano Um, a belamente dramática arte de David Mazzuchelli dando corpo à brilhante saga de "recomeço" para as novas gerações (pós Crise nas Infinitas Terras) escrita pelo gênio de Frank Miller (de novo ele!) não só se tornaram um Clássico como viraram a maior referência (ao lado da também boa O Longo Dia das Bruxas) para levar às telas a adaptação Batman Begins.

E, falando em transposição para o Cinema, sem sombra de dúvida, apesar dos esforços interessantes de alguns seriados dos anos 40 e do filme de Tim Burton em 89, foi Chistopher Nolan, com seus Batman Begins e Cavaleiro das Trevas (e com seu Christian Bale ensandecido e inspirado - sem esquecer a unanimidade do oscarizado Heath Ledger e sua demoníaca interpretação do Coringa, os ótimos roteiros, a edição, fotografia...), que elevou o realismo do personagem e vem construindo uma sólida série cinematográfica que será difícil de ser superada...

Mas nada desses novos conceitos cinematográficos seriam possíveis sem Batman: The Animated Series, de 1992: novas técnicas de animação (que por muitas vezes lembravam a animação dos irmãos Fleischer, nos anos 40) e um traço estilizado (que misturava um pouquinho da moda do mangá a um estilo clássico dos anos 30, com o queixo mais quadrado que o Homem-Morcego já teve!), somados ao estilo 'art decó' do filme de 89, sucesso na época, trouxeram à tona o desenho mais digno do herói e redefiniram todo o universo de animação DC/Marvel desde então!

Nos 'games', sem dúvida o melho de todos é Arkham Asylum, capaz de condensar todo o universo do Morcego para uma jogabilidade excelente, em meio a gráficos fantásticos! E, por fim, na 'internet', de destacarem-se dois momentos sensacionais feitos por fãs (o famoso 'fanfilm'): no primeiro, e mais famoso, Batman Dead End, os 'crossovers' (cruzamento de personagens que não pertencem ao mesmo universo, nas HQs ou no Cinema) vão além de qualquer imaginação, lembrando algumas HQs da década de 90, onde o Homem-Morcego enfrentava Aliens e Predadores...; no segundo, mais recente, "O Interrogatório" (numa homenagem direta ao novo Batman O Cavaleiro das Trevas, o Coringa (numa hilariante imitação de um fã) não consegue entender o que Batman rosna! Sem dúvida, dois "clássicos" do YouTube:

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Se todos fossem iguais a você..."



Ainda me lembro da fila imensa na UFMA para enfim realizar as inscrições para o vestibular de 1995 e de como aquele foi um dia cansativo... Era 8 de dezembro de 94 e até uma grande história que ali surgia parecia assustada com as reviravoltas tímidas do meu então destino incerto... Foi então que ela me ligou, quase na mesma hora em que chegava em casa, por volta das 20 horas, e ligava o televisor para me assustar com aquela notícia triste...

- Dil... Viste só?... O Tom morreu...

Tom Jobim, aquele belo senhor de chapéu e um dos pais da Bossa Nova para a maioria, e, para mim, o compositor genial e único, quase um amigo próximo, tamanha a intimidade com sua Música e com sua Poesia (em letras e em melodias belíssimas), partia assim, meio que sem avisar e muito cedo, aos 67 anos, numa angioplastia que terminou numa extirpação de tumores da bexiga... Chorávamos Debussy, Villa-Lobos, Pixinguinha, Vinícius, Jandira e eu... Morria o dono da sabiá, sem prometer voltar para a sua mata e seus bichos de 'terra brasilis' que ele, antes de qualquer ecochato, tão bem soube defender, para o mundo todo, aos gritos melódicos e roucos de seu jazístico samba mais que brasileiro...

E se foi no dia em que outro grande nome musical se fora havia então 14 anos, Lennon, assassinado... E olha que naquele mesmo ano de 94 já se perdera muita gente de garra talentosa, como Ayrton Senna, e gente com as retumbantes novidades de um Mamonas Assassinas... Mas gênio... e amigo... só o Tom: chega de saudade...

Era difícil, sem dúvida um dia difícil, que, se terminava com um doce começo de tão grandes histórias de vida, de conquista e de superação (fim do segundo grau, início da faculdade e novas descobertas), também terminou com um amargo gosto na boca... Ao Tom que entoou uma cara do Brasil e tão bem cantou e trouxe ao mundo tantos clássicos inesquecíveis...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Urubu Malandro!


Palmeiras e São Paulo não fizeram o dever de casa e deixaram um belo campeonato brasileiro cair nas mãos de oportunistas urubus... Oportunistas, sim, uma vez que, nesta reta final, Coríntians e Grêmio, visivelmente, entregam os jogos diante da falta do que de melhor a fazer: nem pensar, para estes dois times, em ver um de seus arqui-inimigos, São Paulo ou Internacional, sagrar-se campeão! E agora é aguentar uma urubuzada rubro-negra em caravanas barulhentas com seus apitaços, perturbando a paz de todos e enchendo o saco com suas arrogâncias juvenis, a vociferar que são hexacampeões... Epa, que estória é essa?

Começo de conversa: o Flamengo, por mais que queira a imprensa marrom, vermelha e preta, nunca foi campeão em 1987 - o SportClub de Recife, apesar de atualmente em baixa (literalmente rebaixado!), foi o legítimo vencedor daquele confuso campeonato! Explico: o Clube dos 13 (mais Coritiba, Goiás e Santa Cruz), criado naquele ano, elaborou um torneio substituto (Copa da União), uma vez que a CBF não iria organizar o Brasileirão. Esta entidade, porém, voltou atrás e criou o "Módulo Amarelo", com mais 16 times, e entrou em consenso com o Clube dos 13 (que seria o "Módulo Verde"). Assim, os dois primeiros classificados do Módulo Amarelo (Sport e Guarani) deveriam disputar um quadrangular final contra o campeão e o vice do "Módulo Verde" (Flamengo e Internacional, campeão e vice do torneio original) - só que estes simplesmente não quiseram jogar e o Leão da Ilha do Retiro foi campeão por W.O. (depois de mais uma vez enfrentar o Guarani)!

Então, Globo e demais emissoras irresponsavelmente urubuzadas: para a CBF (mesmo com um ensaio 'mea culpa' de considerar o Fla como "co-campeão" no episódio da morte do goleiro Zé Carlos) e a Justiça Desportiva, o Sport é oficialmente o campeão de 1987 e o único pentacampeão brasileiro no Rio é o Vasco da Gama (sim, caríssimos boleiros e blogueiros de plantão: em 1974, 1989, 1997 e 2000, na Primeira Divisão, e em 2009, campeão da Segundona - é só fazer as contas, meus caros!)! Chupa essa, urubuzada chata: vocês podem até cantar de galo e ganhar na malandragem, por enquanto, mas ano que vem, na Primeirona, a briga será de igual pra igual!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

'Ho - Ho - Ho...'



Médicos e bebês e mesmo a imagem do Papai Noel já foi vinculada a anúncios de cigarros até a década de 50: é o que mostra a exposição “Propagandas de Cigarro – Como a indústria do fumo enganou as pessoas”, em cartaz no Rio até janeiro de 2010. É, caríssimos blogueiros de plantão: até o Bom Velhinho já entrou no fumo...

Mas “como é que Papai Noel não se esquece de ninguém?/ Seja rico ou seja pobre o velhinho sempre vem”?! Mesmo assim tendo composto tão idilicamente Octávio Filho na já clássica “O Velhinho”, sobre uma utópica igualdade social graças a uma lenda natalina sueca (que se propagou mundialmente, com a especial paramentação vermelha graças a um comercial da Coca-Cola nos anos 40), milhões de crianças não só não terão presentes neste final de ano, como também não farão idéia do que seja uma ceia natalina! Felizmente, pelo menos nessa época, alguns poucos se lembram da palavra solidariedade e procuram ajudar com uma doação, seja ela qual for... Tapemos o sol com a peneira - pelo menos no forte sol do Verão natalino deste lado debaixo do Equador (onde, apesar de não nevar, existem lindos pinheirinhos de plástico em todas as casas!) ...

Façamos de tudo, entretanto, para que o Natal não se converta a Papais Noéis de 'shopping centers', luzezinhas a piscar nas fachadas e a ceias fartas de peru regadas a cerveja, apesar do divertido comercialismo das infindáveis trocas de presentes na família, no escritório e em qualquer outro amigo invisível que imaginarem... Mas, na querência de me agradarem com um mimo e não saberem qual a melhor opção para um colecionador razoável como eu, eis aqui algumas dicas que não só aproveitam os corações moles do Natal para explorar o recebimento de um presente, como também mostram meus atuais interesses em livros, DVDs, CDs, HQs e miniaturas, a fim de completar algumas injustas ausências nas minhas coleções já citadas neste espaço virtual... Quem sabe não se tornam opções de compras para os próprios blogueiros de plantão presentearem os seus? É só clicar e saber mais sobre o produto (já pesquisados com os melhores preços, nas versões desejadas) nos ‘sites’ lincados! Boas compras a todos!



ou



sábado, 28 de novembro de 2009

Eu tenho medo...


"Eu tenho medo. Também estou com medo de não poder dizer que estou com medo, de ser ameaçada de processo por discordar. Tenho medo de alguém que recorre a ofensas pessoais. Não tenho medo das atrizes mais jovens, a quem sempre dou minha ajuda"... Os caríssimos blogueiros de plantão se lembram deste discurso? É da veterana atriz Beatriz Segal em 2002, no horário político do então presidenciável José serra, em resposta às colocações de Paloma Duarte no horário do PT, por sua vez em resposta às declarações de uma Regina Duarte amedrontada com a então ascensão de Lula nas pesquisas - aquele famoso "Lula vai botar fogo no Brasil", alardeado à época também pelo inconstante-com-cara-de-idealista Ciro Gomes... Hoje, às vésperas de novas eleições presidenciais, depois de oito anos no Poder de intensas mudanças de um "Lulinha Paz-e-Amor" (que poderia ter sido tão melhor sem o PMDB...) não botou fogo em nada! Mas aquela declaração angustiada de Regina ainda repercute em minha cabeça, agora com outras vertentes...

Nada contra tribos ou o (mau) gosto de ninguém, mas parece que não há mais personalidade no ser, no vestir ou no portar-se... Livros e filmes, por exemplo, são lançados em série para um mercado de consumo em massa que hoje parece bem mais despreocupado com a qualidade, contanto que aquilo ali seja 'cool' para a imensa maioria... Saudades dos tempos em que um produto artístico era cultuado não porque "tinha que ser assim", mas por causa de seus atributos de qualidade: as listas de 'cult movies' iam então do 'trash' divertido de RepoMan - A Onde Punk e Rock Horror Picture Show ao classicismo e à respeitabilidade de um Casablanca ou de um Amarcord... Bons tempos que parecem não voltar mais...

Ainda me lembro de minha adolescência, onde meus amigos e eu sempre citávamos e imitávamos frases memoráveis como "Obi-Wan never told you what happened to your father?... No, I am your father!" ou "Deus me conceda o poder da vingança, Messala" de clássicos da Sétima Arte de diferente épocas e estilos, mas que guardavam entre si uma qualidade sempre rememorável... Este último, por exemplo, Ben-Hur, completou neste mês de novembro 50 anos de existência, ainda um clássico absoluto, definidor do gênero Aventura e divisor de águas do subgênero Épico (só a corrida das quadrigas, para citar apenas uma sequência marvilhosa, ainda tira o fôlego de quem assiste pela primeira vez nesses tempos em que edição de ação virou sinônimo de imagens irresponsável e sofridamente trêmulas à Michael Bay!), ao narrar a saga (isto, sim, e não aquela presepada sem graça daqueles vampirinhos metrossexuais de Crepúsculo ou aquele pirlimpimpim sem criatividade de Harry Potter...) de um rico judeu que é escravizado por capricho de seu amigo de infância Messala (e aqui vão aquelas eternas discussões homossexuais - não por acaso, Rock Hudson recusou o papel que acabou nas mãos de Charlton Heston por causa desta preocupação sexual...) e as reviravoltas que lhe dão a chance de se vingar, conquistando as bilheterias do mundo todo em 59/60 e arrebanhando merecidos 11 Oscars (feito só igualado posteriormente pelo tolo Titanic e pelo interessante O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei, recentemente).

Saudades dos tempos em que a personalidade dizia mais sobre o que viria a ser consumido - hoje, qualquer filme bem lançado e ricamente embalado arrecada milhões sem necessariamente apresentar qualquer qualidade (algo parecido com o sem-gosto hambúrguer do McDonald's)... Saudades dos tempos em que minorias eram realmente minorias e não estes verdadeiros sindicatos 'lobistas' e sem graça, que parecem pleiteiar-se como obrigatoriedades... Saudades do dublador daqueles geniais clássicos que passavam na Sessão da Tarde, sempre começando com uma "Versão Brasileira: Herbert Richers" (famoso produtor de cinema e dono do maior e mais famoso estúdio de dublagem brasileiro, morto na semana passada) - hoje tenho que aguentar o sono para ver um bom filme na TV, porque qualquer coisa produzida antes de 1995 é considerado "velho demais" para uma geração de adolescentes em sua maioria esvaziados artisticamente e que parecem adorar "sagas" pré-fabricadas...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Não se afobe, não, que nada é pra já..."


Tantos olhares pelo vidro, tantos espelhos mostrando o passado, tantos encontros e desencontros... Tantos beijos roubados, tantos roubos de vida, tantos ganhos e aprendizados... Tanta vida, tantas vidas, idas e vindas, e mortes... Tantos dias, tantos meses, tantos anos... Tanto desprendimento à espera de um telefone tocar, esperando a vida começar (mesmo esta já tendo começado há tanto tempo)... Tantos cenários inesquecíveis...


Assim a vida ensina e mostra e teima e tira e traz de volta e queima e faz chorar, de alegrias e de tristezas, por sobre um grande chão rosa interminável, com tanto ainda a esperar no horizonte...
E, como diria o poeta-cancioneiro-mor, "...Futuros amantes, quiçá/ Se amarão sem saber/ Com o amor que eu um dia/ Deixei pra você"...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ridículo!


"Tchan!"

Ainda me lembro do Sr. Edson Lobão se vangloriando de seu humile passado, discursando sobre sua vinda, num pau-de-arara, de Mirador para São Luís, numa antiga campanha eleitoreira... Cria de Sarney, bacharel em Direito, ex-jornalista e ex-governador do Maranhão (de 1991 a 1995, quando então "ascendia" Roseana Sarney), vai ver que, se indagado, ele teria o mesmo problema que o "Patrão do Bigode" para explicar o atual patrimônio luxuoso - que inclui, dentre outras empresas (comumente administradas pelo 'playboy' Lobinho ou Edson Lobão Filho: mais uma coincidência com 'El Bigodón', que tem o filhão Fernando Sarney como seu principal assecla nas maracutaias!), a rede de rádio e televisão Difusora do Maranhão (afiliada do SBT, enquanto o Sarna retransmite a Globo)! Mas, mais dífícil ainda, é, diante de uma nervosa equipe de jornalistas diante do inusitado fato de 18 estados, parcial ou completamente, terem sido pegos de surpresa por um blecaute na semana passada, explicar o que gerou o apagão: o que se viu foi um senhorzinho emburrado com cara de pesonagem de filme do Tim Burton (cuja obra, em exposição em NY, tem Jack Sckelektor e Noiva Cadáver, aparentes parentes próximos do ex-senador, escroque e atual Ministro das Minas e Energia!) sem saber como explicar aquela muvuca às escuras... Que coisa: logo ele...?

"Assunto encerrado!": desta forma nada política e extremamente despreparada, quis encerrar o lupino ministro, esquecendo-se de que, à beira da maior eleição dos últimos tempos, não seria de bom tom atiçar os ânimos da Oposição, ávida por qualquer cheiro de incompetência no ar... Pronto, o circo estava armado: o que parece ter sido um curto-circuito (portanto, longe, de fato, do conhecimento imediato de qualquer burocrata ligado ao Ministério) acabou gerando fagulhas até para a toda-poderosa Dilma, que afirmou mais categoricamente ainda "Não houve apagão!"... Porém, o mais engraçado mesmo foi ver a intervenção do "competente senador Lobinho" (ou "Edinho Trinta", graças às comissões pedidas nos "negócios" do pai), filho de Lobão e seu suplente no Senado (que país maravilhoso...!), Edison Lobão Filho: “Não é justo a ministra Dilma responder por um apagão que aconteceu no sistema elétrico brasileiro. Quem tem de responder é o ministro Edison Lobão” - alertado pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO) de que “a ministra Dilma nega que houve o apagão”, Lobão Filho emendou: “Não, houve um apagão: o sistema apenas deixou de funcionar para 40% do território brasileiro”. Mais adiante, ao exaltar a qualidade da interligação do sistema de distribuição de energia, Lobão Filho voltou às contradições: “Essa interligação tem o seu preço, e o seu preço é esta fragilidade: por não ser um sistema isolado, uma pane num determinado ponto desse sistema pode desencadear uma interrupção de energia numa região maior do que o necessário”. Xiii... Mas o culpado até outro dia, como no bom lembrar da jornalista Adriana Vandoni, não era São Pedro? Pelo menos os "lobos" da estrelinha e seus asseclas peemebedistas também poderão atirar nos Tucanos desavisados, aproveitando o estropiamento do rodoanel do Serra para meter a vara no governador paulista (sem trocadilhos, é claro!)!

O que pouca gente se lembra é de como o Velho Sarna sempre se embrenhou pelos recônditos dos setores de energia do País (aliado ainda às suas influências com os setores das terras e das comunicações no Maranhão e do Judiciário como um todo, num enorme emaranhado sem fim...): afinal, desde os escusos consórcios com a ALUMAR (ALCOA), Projeto Grande Carajás e a construção de Tucuruí, os diretores da Eletrobrás e os Ministros de Minas e Energia sempre têm um dedo do diabólico Coronel-Mor! Ou alguém já se esqueceu da queda de Silas Rondeau, apadrinhado do Coisa-Ruim Maranhense, por corrupção em 2007? Ou ainda dos indícios de fraudes em ligações elétricas que deveriam ser feitas no Maranhão, sob os auspícios do Programa Luz para Todos, investigados pelo TCU e veementemente negados pela Eletrobras, que continua comandada por diretores ligados a Sarney, como José Antonio Muniz? É... e a festa não para: não se podem esquecer as investigações sobre Fernando Sarney e suas ONGs culturais regadas a dinheiro público do setor elétrico, por exemplo, apurado pela "Operação Boi-Barrica" da Polícia Federal, que apura ainda, de acordo com a Folha de São Paulo, "as ligações entre CEMAR, Eletrobrás, empreiteiras, Ministério de Minas e Energia e, mais especificamente, a presença de aliados da família Sarney em todas as instâncias" - o que revela o forte tráfico de influência em torno de todo o setor elétrico do país!

Ainda bem que o Maranhão não foi vítima desse apagão: já nos bastam mais de 40 anos nas trevas! Só de pensar em tudo isso, dá medo... Do Sarney, do Lobão... E da escuridão completa para o qual este País parece caminhar - e, o que é pior: de olhos vendados!


E você, o que fazia durante o apagão?! Huummm?!...

sábado, 14 de novembro de 2009

Os Pagadores de Promessas...


O ator-galã, roteirista e cineasta Anselmo Duarte, único vencedor brasileiro da Palma de Ouro e do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes (batendo concorrentes de peso como Buñuel, Antonioni e Bresson, em 1962, com O Pagador de Promessas - que também concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não levou), foi-se para o encontro de Santa Bárbara, Iansã e Jesus no último dia 7 de novembro, em decorrência de um acidente vascular cerebral... Este paulistano de Salto, que também dirigiu outros clássicos do Cinema Nacional, como Um Certo Capitão Rodrigo, O Crime do Zé Bigorna e Vereda da Salvação - e que, devido a divergências ideológicas com o Cinema Novo e com as críticas de boa parte da "Imprensa do Partidão", viu sua carreira entrar em declínio nos anos 70... - não era vascaíno: gostava do Santos, time no qual inclusive "atuou", nos bastidores e no campo mesmo, por alguns minutos em jogos ganhos, em amistosos europeus em 1960 ao lado de Pelé (que, por sua vez, participou de um filme de Anselmo sobre o Futebol, Os Trombadinhas), mas bem que pode ter sido uma inspiração, na reta final, para uma torcida que não só ameaçou jogar-se do alto de alambrados, como tmbem pagou promessa para todos os santos para ver seu time amado saído de sua maior crise...

Atlético Mineiro, Grêmio, Palmeiras e o famigerado Coríntians, campeão da Segundona no ano passado, já haviam sentido o amargo gosto de "cair", mas deram a volta por cima sagrando-se campeões da Série B e voltaram em grande estilo... Agora o amado Vasco da Gama, em camisa especial dourada digna de super-herói, nesta sexta-feira de glória no Maracanã, uma semana depois de matematicamente já classificado para a Primeira Divisão, conquistou um título para sua a galeria, ansiosa por um há mais de 6 anos... Título que, apesar do "menor brilho", mostra a garra que faltou em 2008 e a união de um time guiado pelo timoneiro-mor Roberto Dinamite, comandado pelo bom Dorival Júnior e estrelado pelo bom, porém irregular capitão Carlos Alberto - promessas para uma campanha dourada em 2009, claro, com a contratação de reforços, especialmente para o meio de campo...

Pois é mesmo de tragédias pessoais e de derrotas que se fazem os grandes vencedores... Zé do Burro só pagou sua promessa depois de morto (vide inesqucível trecho deste clássico ao lado); o Vasco precisou cair para acordar novamente no Futebol com sua fiel torcida sempre ao lado; e o antigo "molhador de tela" Anselmo Duarte (era preciso molhá-la para evitar incêndios, uma vez que o projetor ficava atrás da tela!) que queria ser projetista como o irmão, depois de iniciar como ator num filme que nunca estreou (It's all true, do gênio Orson Welles, em 1942, no Brasil, que ficou inacabado), acabou virando galã e diretor de cinema laureado... Aplausos para esses campeões que não desistem nunca, fazendo das quedas e tropeços verdadeiras peripécias heróicas rumo a novas conquistas em torno de um sentimento que não pode parar... Nunca...

 

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Os Diários do Papai

Em forma de pequenas crônicas, as dores e as delícias de ser um pai de um supertrio de crianças poderosas...

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