quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Se todos fossem iguais a você..."



Ainda me lembro da fila imensa na UFMA para enfim realizar as inscrições para o vestibular de 1995 e de como aquele foi um dia cansativo... Era 8 de dezembro de 94 e até uma grande história que ali surgia parecia assustada com as reviravoltas tímidas do meu então destino incerto... Foi então que ela me ligou, quase na mesma hora em que chegava em casa, por volta das 20 horas, e ligava o televisor para me assustar com aquela notícia triste...

- Dil... Viste só?... O Tom morreu...

Tom Jobim, aquele belo senhor de chapéu e um dos pais da Bossa Nova para a maioria, e, para mim, o compositor genial e único, quase um amigo próximo, tamanha a intimidade com sua Música e com sua Poesia (em letras e em melodias belíssimas), partia assim, meio que sem avisar e muito cedo, aos 67 anos, numa angioplastia que terminou numa extirpação de tumores da bexiga... Chorávamos Debussy, Villa-Lobos, Pixinguinha, Vinícius, Jandira e eu... Morria o dono da sabiá, sem prometer voltar para a sua mata e seus bichos de 'terra brasilis' que ele, antes de qualquer ecochato, tão bem soube defender, para o mundo todo, aos gritos melódicos e roucos de seu jazístico samba mais que brasileiro...

E se foi no dia em que outro grande nome musical se fora havia então 14 anos, Lennon, assassinado... E olha que naquele mesmo ano de 94 já se perdera muita gente de garra talentosa, como Ayrton Senna, e gente com as retumbantes novidades de um Mamonas Assassinas... Mas gênio... e amigo... só o Tom: chega de saudade...

Era difícil, sem dúvida um dia difícil, que, se terminava com um doce começo de tão grandes histórias de vida, de conquista e de superação (fim do segundo grau, início da faculdade e novas descobertas), também terminou com um amargo gosto na boca... Ao Tom que entoou uma cara do Brasil e tão bem cantou e trouxe ao mundo tantos clássicos inesquecíveis...
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3 comentários:

Unknown on 10 de dezembro de 2009 às 21:01 disse...

Pois é Dilberto, 1994 ano fatídico para o Brasil e para o Mundo.
Colocamos luto por Senna e pelo gênio Tom Jobim, que embalou com musicas muitos dos meus amores e me fez gostar mais ainda da sabiá.
Morreu o homem, ficou a obra, que será eterna.

Batom e poesias on 13 de dezembro de 2009 às 10:38 disse...

Dil (íntima..rss),
Ainda bem que chamou minha atenção pela ausência.
Essa "bat-caverna" está ótima e li tudo o que não tinha lido ainda.
O sinal da minha internet só funciona quando bem entende e aproveito mais para esponder e postar que para visitar os amigos.
Imperdoável!
Inda mais se é para ler você e ouvir Luiza.
Grande presente.
bjcas

Luma Rosa on 14 de dezembro de 2009 às 15:24 disse...

Pois é, ele tinha problemas circulatórios e durante o check-up foi constatado câncer na bexiga - realizou uma cirurgia para tentar extirpar o câncer e dois dias depois ele morreu - de parada cardiorespiratória. A causa mortis não vem ao caso, o caso é que morreu além de um bosseiro, morreu um genuíno arquetípico da nacionalidade brasileira: "O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano / Meu maestro soberano / Foi Antonio Brasileiro."

Beijus,

 

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