O blogueiro de plantão atento já sabe de quem estou falando: o Homem-Morcego completou, no último mês de maio, 70 anos de heroísmo e mídia! Afinal, entre Quadrinhos, Séries 'live action' e desenhos animados para TV, filmes para o Cinema, brinquedos, materiais escolares e 'videogames', Batman já teve inúmeras versões - umas são excepcionais; outras, nem tanto! É por isso que, como homenagem tardia a este aniversário especial, nada melhor que "pesquisar" pela memória (como a cara Sônia gosta de dizer sobre meus textos) e trazer à tona os melhores momentos deste que já se tornou um verdadeiro ícone da cultura 'pop' mundial - e que me ensinou a gostar de HQs de heróis!
Em Batman Crônicas - Vol. 1, vemos um sombrio herói policial que ainda usa arma e mata (depois o personagem ficaria definido por não matar nem usar arma de fogo): são as primeiras e ótimas estórias de Batman, cobrindo de 1939 até 1942, com o aparecimento de clássicos personagens, como Robin e Coringa. Em Reino do Amanhã, o Homem-Morcego, em fase pós-A Queda do Morcego (esta mesma um bom arco de estórias, onde surgiu Bane para deixar Batman paraplégico, mas que não entra neste rol por ser uma daquelas artimanhas para aumentar vendagem!) e já envelhecido, tem que virar o jogo lidando com magnatas poderosos como Lex Luthor, armando formas de continuar combatendo o crime (através de uma horda de Batmans com armaduras especiais) e, de quebra, ajudar a Liga da Justiça num futuro negro para os heróis! O Cavaleiro das Trevas dispensa maiores comentários: foi a revista que alçou Batman, em definitivo, a uma nova e mais adulta esfera, com uma excelente estória que envolve Política, futuro dos heróis, porrada no Super-Homem e... Coringa!
E o palhaço do crime não poderia ficar de fora de uma das maiores obras-primas das HQs: A Piada Mortal, cinematograficamente, narra a eterna dualidade entre o Morcego e seu nêmesis, contando ainda, em meio a cores inesquecíveis, uma origem para o maior vilão dos Quadrinhos! Também imperdível é a série de trabalhos do Mestre Neal Adams (Biblioteca DC: Batman por Neal Adams - vol. 1) na reconstrução do personagem em meio ao caos urbano a partir de 1967. E, por fim, mas nada menos importante, Batman: Ano Um, a belamente dramática arte de David Mazzuchelli dando corpo à brilhante saga de "recomeço" para as novas gerações (pós Crise nas Infinitas Terras) escrita pelo gênio de Frank Miller (de novo ele!) não só se tornaram um Clássico como viraram a maior referência (ao lado da também boa O Longo Dia das Bruxas) para levar às telas a adaptação Batman Begins.
E, falando em transposição para o Cinema, sem sombra de dúvida, apesar dos esforços interessantes de alguns seriados dos anos 40 e do filme de Tim Burton em 89, foi Chistopher Nolan, com seus Batman Begins e Cavaleiro das Trevas (e com seu Christian Bale ensandecido e inspirado - sem esquecer a unanimidade do oscarizado Heath Ledger e sua demoníaca interpretação do Coringa, os ótimos roteiros, a edição, fotografia...), que elevou o realismo do personagem e vem construindo uma sólida série cinematográfica que será difícil de ser superada...
Mas nada desses novos conceitos cinematográficos seriam possíveis sem Batman: The Animated Series, de 1992: novas técnicas de animação (que por muitas vezes lembravam a animação dos irmãos Fleischer, nos anos 40) e um traço estilizado (que misturava um pouquinho da moda do mangá a um estilo clássico dos anos 30, com o queixo mais quadrado que o Homem-Morcego já teve!), somados ao estilo 'art decó' do filme de 89, sucesso na época, trouxeram à tona o desenho mais digno do herói e redefiniram todo o universo de animação DC/Marvel desde então!
Nos 'games', sem dúvida o melho de todos é Arkham Asylum, capaz de condensar todo o universo do Morcego para uma jogabilidade excelente, em meio a gráficos fantásticos! E, por fim, na 'internet', de destacarem-se dois momentos sensacionais feitos por fãs (o famoso 'fanfilm'): no primeiro, e mais famoso, Batman Dead End, os 'crossovers' (cruzamento de personagens que não pertencem ao mesmo universo, nas HQs ou no Cinema) vão além de qualquer imaginação, lembrando algumas HQs da década de 90, onde o Homem-Morcego enfrentava Aliens e Predadores...; no segundo, mais recente, "O Interrogatório" (numa homenagem direta ao novo Batman O Cavaleiro das Trevas, o Coringa (numa hilariante imitação de um fã) não consegue entender o que Batman rosna! Sem dúvida, dois "clássicos" do YouTube:
15 comentários:
Às vezes eu não sei em qual dos dois links clicar para comentar...
Bem, voltando so assunto, Batman se tornou um hobby para mim há alguns anos. Não lembro bem como começou, mas lembro de ter lido O Cavaleiro das Trevas que um amigo emprestou, e comecei a achar interessante a concepção do personagem. Aí me reportei aos filmes: sempre gostei muito de Batman: O Retorno, mas sabia que nas HQs havia várias diferenças... vi Batman Begins e fui procurando mais coisas: Batman: Arkham Asylum, de Grant Morrison, ilustrado por Dave McKean, Asilo Arkham: Inferno na Terra Batman 70 Anos, que foi lançado há algum tempo pela Panini... Depois de ver o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas, fui atrás de Silêncio (Hush) e O Grande Dia das Bruxas, de Jeff Loeb etc.
Sem muita preocupação em entender a evolução do personagem, quase tudo era muito bom e explorava aspectos interessantes do Homem-Morcego.
Seu artigo ficou bem didático e sucinto. Já li algumas das primeiras histórias do morccego na internet, mas fico com vontade de comprar as Crônicas...
A paródia do interrogatório é muito legal (aquele Batman engasgado de Nolan... tsc, tsc.), e esse crossover com aliens e predadores é realmente bem feito (tinha-o visto há algum tempo e me chamara à atenção a interpretação do Coringa, muito boa).
Só faltou falar dos video games. Embora tenha sido feita muita bobagem neste ramo (os games que conheço no Mega Drive e no SNES sempre pecavam em muitos aspectos em relação ao conceito original), há um jogo atual que recomendo muito: Batman: Arkham Asylum, disponível para Playstation 3 e XBox 360. Procure resenhas sobre ele e vídeos no YouTube. É a melhor adaptação de Batman já feita em video game, com luta (movimentos de artes marciais), esconde-esconde nas sombras ao melhor estilo morcego (o mais legal é ficar espreitando em cima de uma gárgula), busca por pistas que fazem jus ao maior detetive do mundo e alguns vilões clássicos dando de si aquilo que têm de peculiar.
Acho que vou me inspirar para escrever alguma coisa sobre Batman lá na Teia Neuronial... tenho inclusive um esboço de uma comparação entre o Homem-Morcego e o Homem de Aço... acho que dá pé.
Abração.
Ah, ia me esquecendo... esse trecho em inglês é implicância com os desenhos animados novos do Batman? ;D
Oi Dilberto :)
Belo post do cavaleiro das trevas .
Não lembro mais da primeira tirinha que li do batman . Lembro bem da tresloucada série dos anos 60 :
- a música de abertura ;
- a galeria de vilões caricatos , hmm lembra-se do Cabeça de Ovo , interpretado pelo Vicent Price ?? hahahahah , até hoje é engraçado .
Depois ele foi se tornando progressivamente sombrio . Um sinal de nossa época .
Gostei muito , parabéns !
abraços
Oi Dilberto !
Estou de volta para conferir a versão final de teu post .
Realmente está muito bom . Vou indicá-lo ( e o teu blog ) para uns amigos !
abraços
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