
Decerto que injustiças homéricas ainda são cometidas, especialmente com alguns filmes que ficaram de fora, como o interessante Marcas da Violência, do mestre Cronemberg, ignorado pela premiação (assim como o inovador Kill Bill vol. 1, anos antes). Ou, como no caso do sensível O Jardineiro Fiel, indicado para 4 prêmios (e vencedor de Melhor Atriz com Rachel Weisz), mas preterido em categorias em que merecia concorrer, como a Melhor Filme e Direção, para Fernando Meirelles. Ou, ainda, Batman Begins, bem acima da média de um "filme de super-herói", mas só indicado em categorias técnicas...
De qualquer forma, o resultado geral foi bom, com um maior realismo dando o tom geral da festa, desde os indicados até os premiados: apesar da pouca emoção e cada vez mais apressada, sem muitos números musicais e com discursos bem corridos (foi a que terminou mais cedo, 1:23 h: bons tempos em que me fazia dormir lá pelas 3h da manhã...), a cerimônia foi sóbria (valeu o humor discreto de Stuart, com boas piadas no telão, como a dos lobbies dos indicados) e cumpriu seu papel de denuncismo social na conservadora era Bush.
Além do meu lamento pela injustiça na escolha do melhor diretor, que cabia a George Clooney (que imprimiu impressionante ritmo ao grande roteiro de Boa noite e boa sorte), resta, por fim, o imenso desrespeito da Rede Globo de televisão, que só iniciou a transmissão lá pela sexta ou sétima premiação, depois de todas as imbecilidades dos big brothers sem falar nos apresentadores nada inspirados, que cortavam as falas dos reais apresentadores da cerimônia ― sem falar no corte abrupto do final, sem direito à despedida de John Stewart!
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