Falando nisso, um dos maiores estádios brasileiros, o Castelão (Estádio Governador João Castelo), construído em 1982 e com capacidade para 80.000 pessoas, desde o ano passado se encontra interditado, aguardando uma digna reforma! Triste fato que contribui, mais ainda, para o desestímulo do torcedor maranhense e para a quase falência dos clubes locais...
Tudo isso em homenagem ao meu esporte favorito e à reabertura do Maracanã, com o número provisório (e irrisório) de 45.000 lugares. Muitos foram os textos que escrevi em homenagem ao maior espetáculo esportivo da Terra, publicados neste espaço virtual (como as três Vertebrais que escrevi sobre o Futebol), mas só agora lanço meu primeiro poema sobre o esporte bretão...
Futebol em Brodósqui, Cândido Portinari (1935).
FutebolA bola é redonda, tem dois lados
e rola pra lá e pra cá
entre o pé descalço, de calos e joanetes
do time de meninos sem futuro
e sem estudo,
e as chuteiras douradas
do time de garotos-propaganda
ricos e sem passado...
De juiz, um frustrado sem mãe
e sem talento para jogar.
De técnico, todos nós
e as chuteiras douradas
do time de garotos-propaganda
ricos e sem passado...
De juiz, um frustrado sem mãe
e sem talento para jogar.
De técnico, todos nós
em rouco uníssono.
Na reserva, milhões de garotos
Na reserva, milhões de garotos
em êxtase de expectativa...
Na arquibancada, um poeta apático
que nunca foi muito de jogar,
mas que se perde na ilusão apoplética
de uma bicicleta de cor negra
Na arquibancada, um poeta apático
que nunca foi muito de jogar,
mas que se perde na ilusão apoplética
de uma bicicleta de cor negra
de um diamante bruto e imortal,
nas pernas tortas de um cafuzo
nas pernas tortas de um cafuzo
que se acaba como menino sem juízo
e num rei absoluto
e num rei absoluto
com tantos súditos e tantos corações...
O mundo é uma bola
e meu coração rola pra lá e pra cá
esperando apenas o momento mágico
O mundo é uma bola
e meu coração rola pra lá e pra cá
esperando apenas o momento mágico
de ser chutado a gol
como bola de meia certeira no cantinho onde a coruja dorme, indefensável para qualquer goal keeper perdido nos últimos segundos dos 45 do segundo tempo...
(Dilberto Lima Rosa)
(Dilberto Lima Rosa)
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