terça-feira, 30 de outubro de 2018

Retrato em Branco e Preto:
- O horror! O horror!

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Quanta diferença...

Em vez do célebre "50 anos em 5", agora era o debochado "É melhor JAIR se acostumando"... Havia também o nazifascista lema "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos" (na Alemanha de Hitler era "Alemanha acima de tudo"...), sendo esse ainda pior, uma vez que não só faltava a ideia de qualquer projeto para o País, como instituía duas ameaças à nossa tão sofridamente conquistada "Era dos Direitos": em qualquer conflito entre Estado e indivíduo, deverá prevalecer o totalitarismo estatal; e, diante do Estado laico constitucionalmente assegurado desde 1988, avizinha-se um tempo de discurso e ensino religioso, "cristão" e opressor contra minorias ateias ou de matizes diversos (como as já tão combalidas religiões de origem africana)...

A única semelhança entre as duas figuras das fotografias acima reside mesmo no fato de, infelizmente, o primeiro ter sido eleito Presidente do Brasil, no último 28, assim como o segundo, há mais de 60 anos... De resto, porém, só diferenças profundas separam os dois, especialmente em se considerando o amplamente progressista Governo do grande estadista Kubitscheck em contraposição a qualquer fala ultrapassada de Bolsonaro sobre o seu futuro Governo, tão endeusador da truculência déspota da Ditadura Militar (1964/1984) que, por sua vez, foi responsável pelo assassinato de Juscelino, em 1976, fazendo tudo parecer um acidente...

E aqueles tempos sombrios e anacrônicos de instabilidade estão de volta graças a esta anencéfala eleição, em que, tal como na global manipulação daquele 1989 de "Collor Caçador de Marajás", agora foi a vez de um despreparado militar expulso-reformado e improdutivo deputado federal de carreira ganhar, na sua primeira disputa ao maior cargo da Nação (assim como Collor!), graças ao pesado apoio de sites "independentes" (vide financiamentos escusos do MBL e sua especialização em espalhar notícias falsas) e pacotes via WhatsApp com milhões de mensagens repletas de fake news! E, entre os inexistentes e jamais implantados kits-gay, Repúblicas Bolivarianas (que o PT nunca consegue estabelecer por aqui em mais de 15 anos no Planalto!), livros fomentadores do incesto e Bíblias jogadas no lixo (junto ao bom senso da população!), os Morcegos voltam a falar de Política após a postagem da semana passada e de anos dedicados só e tão somente às Artes em geral (ainda que Política seja a mais dura arte de vida em Sociedade...) - e rapidamente, enquanto é permitido!

Sim, pois, doravante, se os opositores a seu Governo serão todos considerados perigosos "comunistas", já tendo afirmado o próprio candidato eleito que "Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria", temo sinceramente pelos tempos vindouros, que parece terão mais chumbo que os plúmbeos anos militares: só deverão ser ouvidos, por exemplo, sertanejos como Zezé diCamargo e Luciano, restando às obras-primas de gentes pensantes como Chico, Caetano e Gil novamente o expurgo ao exílio e à clandestinidade?! Claro, o que esperar de "críticos de arte" que ora ascendem juntos ao Poder, como Alexandre Frota... Afinal, mais cultura e salas de aula pra quê, se a maioria dos professores doutrina ideologias subversivas e aulas podem ser cem por cento à distância?! E é "Brasil: ame-o ou deixe-o" para quem pensar diferente!
Imagem relacionadaMas, se é pra falar de Artes, tenhamos pressa igualmente, antes que o futuro distópico de censura e alienação totalitaristas do genial Farenheit 451, em que livros são proibidos e o trabalho dos bombeiros é queimá-los (daí o título: temperatura de queima do papel), torne-se realidade por estas bandas... Exagero? Não depois do que se deu, recentemente, num colégio carioca em relação a um livro dos anos 80, suspenso porque acusado de "doutrinar crianças com ideologia comunista em sala de aula" por pais  de alunos, que, alienados por uma página do Facebook  a serviço do projeto de ditador eleito, ficaram ofendidos com "críticas" à Ditadura Militar contidas naquele romance autobiográfico...

Sim, sim: "Lembrai, lembrai o 5 de novembro...", momento histórico remontado na obra-prima das HQs V de Vingança e tenhamos pressa - corramos, enquanto podemos ler ou assistir a adaptações cinematográficas de grandes obras visionárias como 1984, Admirável Mundo Novo, Laranja Mecânica, O Processo (esta especialmente dedicada aos adoradores de Moro e sua Justiça Paralela) e até mesmo a fantasiosa saga democrática de Star Wars (já que, por lá, um Império militarista é derrotado pelos rebeldes da Aliança...) antes que tais exemplares, impressos ou digitais, sejam queimados numa imensa fogueira em frente a uma parada militar de "honestos cidadãos de bem"...

Como no bom dizer de Cazuza, gay e contestador poeta do nosso Rock oitentista que anda fazendo falta nestes novos tempos cinzentos, "eu vejo o futuro repetir o passado"... Ou, no ainda mais poético "já conheço os passos desta estrada" da triste história de amor de Retrato em Branco e Preto, de Chico em parceria com Tom... Decididamente, faltam cores neste patriotismo cego e só uma resistência madura e responsável para com um projeto de Brasil poderá impedir que se avancem as trevas por sobre o cenário político verde-amarelo. Joseph Conrad, em sua obra-prima literária O Coração das Trevas - que, por sua vez, gerou outra obra-prima, cinematográfica, Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, que adaptou para a Guerra do Vietnã os horrores dos massacres africanos pelo Rio Congo -, escreveu a célebre frase do louco (ou seria lúcido?) General Kurtz que, cansado de guerra, misturou-se aos selvagens e se tornou seu guru, fugindo do restante da humanidade e suas crueldades insanas: "O horror! O horror!"...

E assim, diante da tempestade que se aproxima, à beira do derradeiro solstício e um dia antes do Dia das Bruxas (para o qual se recomenda o atualíssimo tema dos vampiros no inteligente e divertido filme cult O que nós fazemos nas sombras, disponível na Netflix), os Morcegos ora se despedem com medo... do avanço da dominação pelo obscurantismo messiânico de falsos profetas universais; de juízes parciais que agora cobram suas contas; de assustadores isolamentos internacionais para não ter que prestar satisfação à ONU; dos atuais "Camisas da Seleção" a substituir os antigos Camisas Negras; das atrozes mudanças nos livros de História e nas escolas sem partido, raciocínio ou crítica; e de, no comando do apocalipse, presidentes endemoninhados de idos tempos mortos... E pensar que nos aterrorizávamos com as reformas trabalhista e previdenciária e chamávamos o seu tenebroso mentor, Michel Temer, de "vampiro" - em 1º de janeiro de 2019, ele passará a faixa para o próprio Diabo! 
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Desenvolvimento do País? Direitos humanos e trabalhistas, meio-ambiente, políticas sociais...? Não: MEDO!
Drácula, de Bela Lugosi, perde... O terror, agora, é real e concreto!
Créditos da primeira imagem: Diego Bresani, na matéria Jair Bolsonaro: A Ameaça Totalitária,
da revista semanal Isto É - que, dentre outros meios de comunicação, inventou o "antipetismo" como Filosofia nacional e gerou monstros como o novo Presidente... Mas segue negando e culpa o PT!
 

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