segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Num Intindi Nada...!"

Tanta coisa louca que andou acontecendo nesse interregno março/abril que, juro, não entendo mais nada: os Morcegos dando espaço para alguma coisa da leviana e ditatorial Veja (foi por uma boa causa: ridicularizar o Sarna)?! E a "Nardonimania" (ou "Nardonifolia"!)? - galera em porta de Fórum soltando rojões e gritando para as câmeras comemorando o quê: Final de Copa do Mundo ou uma prisão anunciada de dois monstros insensíveis que deixarão duas crianças "órfãs" e uma menina que nunca mais vai voltar?! E o que dizer do estardalhaço em torno da "saída do armário" de Rick Martin - alguém ainda duvidava?!... E as centenas de pessoas morrendo soterradas e os partidos e os jornais televisivos sensacionalistas discutindo de quem foi a culpa, se do "povinho", dos Governos ou do próprio Lula (!)?

"VIVA ZAPATA!"

E por falar em Lula, dá pra entender ouvir de um líder metalúrgico, opositor de um governo ditatorial nos anos 70/80, inclusive com greve de fome, a comparação de alguns dissidentes cubanos em greve de fome a "bandidos de São Paulo"?! Tudo bem que muitos prisioneiros comuns ali na Ilha podem muito bem aproveitar-se da situação e se "converter-se" em presos políticos... Mas daí a não se ouvir uma palavra sequer do "Líder Internacional Lula" (resumindo-se tudo a "falar discretamente", em "conversas internas" sobre o polêmico assunto, no dizer do chanceler Celso Amorim, que fechou com o chavão que tanto agrada os ditadores cubanos: "Se alguém está interessado em uma evolução política em Cuba, eu tenho a receita rápida: acabe com o embargo") sobre a greve de fome (e consequente morte) de Orlando Zapata Tamayo, foi, no mínimo, uma decepção... Seria ainda por influência daquela eterna utopia, daquele sonho do paraíso comunista, que vence todas as adversidades, inclusive o "Império Ianque", com educação e saúde de Primeiro Mundo?! Não, não é possível...

Viagem ao Crepúsculo


Que bom que existe gente como o cearense-recifense jornalista Samarone Lima, que, no seu último e ótimo livro, Viagem ao Crepúsculo, lança mão de seus conceitos políticos idealizados e adoradores da velha e utópica Cuba com que muitos velhos esquerdistas ainda sonham (inclusive ele, antes de para lá viajar em 2007) para viver a realidade nua e crua de bairros pobres e do cotidiano de pessoas que fazem das tripas, coração para sobreviver numa Cuba nada 'libre'!

Assim, em seus parágrafos curtos e em tom de diário, o velho Samá (tal como os amigos cubanos passaram a chamá-lo) vai desfilando, com muito bom humor (alguns cubanos mais espertinhos são descritos por sua aparência, na ausência de um nome: "O garçom, com seu tradicional chapéu cubano, tinha uma cara de boxista médio-ligeiro ... 'O amigo vai comer o quê?', voltou Médio Ligeiro, me tirando da tranqüilidade do posto de observação."), o dia-a-dia real de um País "socialista" dividido entre ricos e pobres, nativos e estrangeiros, cheio de contrastes (Pesos cubanos e convertibles, Internet e jornais estrangeiros em hoteis suntuosos para turistas estrangeiros e Granma com uma eterna "realidade de conquistas" para os cubanos, TV estatal e TV a cabo proibida...) e de desesperanças para um povo que um dia acreditou, mas, que hoje, só luta para ganhar clandestinamente o sonho de comer um frango mais um dia, rezando baixinho, que é para Fidel não ouvir e encarcerá-lo por 20 anos em julgamentos céleres: “Quando esse inferno vai acabar?” - sussurra uma idosa em mais uma tentativa frustrada de adquirir sua cota mensal de carne no governo do então Presidente do Conselho de Estado da República de Cuba, Fidel Castro...

Seguem três ótimos trechos que bem poderiam ser enviados, por 'e-mail', para alguns presidentes ou pensadores socialistas esquecidos - ou, melhor ainda, ser incluídos os endereços dos autores destes desabafos nas rotas das próximas viagens, oficiais ou apenas turísticas, àquele País...

"Como em quase todas as conversas com os cubanos, não era necessário perguntar nada. Martha falou rapidamente sobre seu trabalho, e me perguntou:
'Sabe quanto um médico ganha em Cuba?'
'Não', respondi.
'Pouco mais de 40 dólares, brasileiro'.
Ela fez um silêncio para que eu assimilasse as informações, e prosseguiu:
'E o de um aposentado?'
'Não faço a menor idéia'.
'Pouco mais de 10 dólares', emendou Paco.
'É por isso que os médicos cubanos estão todos metidos em missões fora de Cuba. Estão na Venezuela, África, América Central. Nos hospitais de Cuba, o que mais a gente encontra é estudante de Medicina. Chamam isso de 'Médicos Internacionalistas', porque aqui eles conseguem criar nomes lindos para tudo.
(...)
Perguntei a Martha como estava a vida dos dois pugilistas cubanos
que tentaram fugir durante o Pan.
'Acabou tudo para eles, tudo. Não podem disputar mais competições,
nada. Desertor, aqui, é o que pode haver de pior. Fim de carreira.
Pode ser o maior campeão, mas virou desertor, não tem mais chance
para nada', explicou Martha. (pág. 43)

"'Eu paguei por eles. Aqui em Cuba, como em qualquer país capitalista, se você tem dinheiro, pode comprar de tudo, não falta nada em sua casa'.
Pela primeira vez, desde que saímos de casa, ele parou e me olhou sério.
'Não existe embargo econômico para quem tem dinheiro'.
(...)
Caminhamos. Jaime Sete Léguas andou umas quadras como se estivesse em cima de um par de patins, e comecei a suar. Chegamos a um lugar ainda mais depauperado, uma espécie de armazém esquecido no tempo, uma das cenas mais desoladoras de Havana. Estamos na Oficina de Controle de Distribuição de Alimentos (Oficoda), que controla o funcionamento do sistema do mercado racionado. Existe há quase 50 anos". (pág 57)

"Celeste enfrenta cotidianamente o Estado revolucionário cubano, porque realiza, como milhares de habitantes da ilha, uma atividade comercial dentro de casa, sem autorização. Se for pega, terá que pagar multa e poderá ser presa, como os funcionários de uma empresa que iriam ajudar o israelense a instalar uma rede subterrânea de TV a cabo.
Em Cuba, só vive bem quem recebe dinheiro de parentes que vivem fora. O restante não tem acesso a quase nada, com essa desgraça dessa moeda nacional. Vivemos de restos. O carnê de alimentos é uma ilusão, porque não alimenta ninguém. O resultado é este: todo mundo tem que lutar de alguma forma.
Alguém chegou e perguntou algo inaudível. Me levantei do sofá e perguntei junto da porta o que era. Queria leite. Respondi que não tinha.
(...)
O que tem de melhor neste país, Samá, é vendido em peso convertible, a moeda que quase ninguém tem. Um CUC é igual a um dólar, entende? Como é que a pessoa vai ter esse dinheiro, se recebe em peso cubano, e o dinheiro não dá nem para sobreviver? Tudo que você pensar é em convertible: roupas, sapatos, produtos bons de beleza, eletrodomésticos. Não posso comprar uma sandália boa, porque custa 25, 30 dólares. E você acha que são sandálias boas, de marca? Nada, são sandálias ruins, que logo quebram". (pág. 100)
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18 comentários:

Rebeca Amaral on 27 de abril de 2010 às 19:01 disse...

de um mês que logo no primeiro dia já começa com mentiras não se pode esperar muitas coisas, não é?

Canto da Boca on 27 de abril de 2010 às 20:21 disse...

Estamos numa desorientação só, o mundo é o que estamos fazendo com ele/dele.

Quanto ao Viagem ao Crepúsculo, foi um dos melhores livros que li no ano passado, e esse ano, já fiz uma releitura, e sempre nos deparamos com novos olhares, novas angústias, inquietações e estupefações. O Samarone sem perceber de imediato, tornou-se o porta-voz de um povo tão cansado em sua opressão, que mesmo à beira de perder a dignidade, não se entrega. A seriedade da situação denunciada no livro, é ainda mais grave porque não se trata de uma pessoa qualquer, mas de um homem com uma consciência político-crítica bem definida e que apesar de jovem (cronologicamente falando), durante toda a sua vida lutou e luta, pelos direitos, igualdades e liberdades de todos. Não se trata de alguém desta ou daquela situação política, que foi infiltrado, para tender à nenhuma corrente, mas de uma pessoa que viveu o sonho do socialismo e que tinha em seu imaginário, Cuba como modelo de uma sociedade justa.
Penso que é uma situação de colapso que diz respeito a cada um de nós, e que cada um/a, dentro das suas possibilidades, deve denunciar a ditadura e a corrupção que se pratica lá.

Parabéns pelo post.
Abraço!

Jens on 28 de abril de 2010 às 07:41 disse...

Oi Dilberto.
Quando vejo a critica consistente, fundamental, do chancheler Celso Amorim, cobrando o fim do embargo que os EUA impuseram ao regime cubano, referenciada como um fato menor diante da greve de fome de Orlando Zapata Tamayo, que não é merecedor sequer de um mínimo esclarecimento (Quem é/foi? Qual a razão da sua luta?), percebe-se claramente que a idéia rudimentar é criticar o "líder metalútgico", que também não merece ter seu nome aliado ao cargo - Lula, presidente do Brasil - explicitado. Da mesma forma entendo a referência ao livro do jornalista Samarone Lima como apenas um leitmotiv para desqualificar a "velha" esquerda.
Bem, sem subterfúgios, reafirmo que sou de esquerda e petista. Também admiro o Comandante Fidel. Minhas convições morais e políticas não me impedem de respeitar quem pensa diferente, desde os militantes da direita que não ousam proclamar sua admniração ao Princípe dos Sociólogos e seu pupilo (FHC e José Serra) e aqueles que tem saudades de Fulgêncio Batista, o ditador dos bons tempos em que Cuba era um bordel dos Estados Unidos. Democrático, evidentemente.

Um abraço.

Érica on 28 de abril de 2010 às 09:06 disse...

A questão do mês de abril é bobagem, todo mês vai ter sua dose de exageros. Fora que eu tenho certo apreço por esse mês. As pessoas sempre foram assim, qualquer escândalo e motivo para as pautas dos becos, para gente desocupada conseguir seu momento de evidência.Mas sim, esse armário do Rick Martin, sinceramente, foi só constatação. Sempre soube.
Sobre a questão de Cuba, é fato que ela não se apresenta para o deleite dos seus nativos, mas sim para os turistas que encontram por lá uma Cuba escancarada, oferecendo-lhes hotéis e até praias exclusivas. A realidade vista de fora é completamente diferente da vivida pelos cubanos. Tanto é que os cidadãos que tentam a fuga são severamente castigados pelo próprio país, como exemplo do citado sobre os atletas fujões, nunca mais vão ter chance, acabou o sonho para eles.
E quem e que tenta fugir do que é bom?
Toda pessoa precisa mais do que suas necessidades básicas preenchidas. Como livre-pensadora que sou, acho que mesmo com um sistema de saúde e educação limitados, a liberdade de expressão, o direito de ir e vir, de escolha etc, que existe no Brasil, tem um valor inumerável.

Beijos

Samarone Lima on 28 de abril de 2010 às 12:44 disse...

Camarada, cheguei por aqui, obrigado pela postagem sobre meu livro "Viagem ao Crepúsculo". Tenho tido excelentes diálogos com pessoas de esquerda que topam discutir Cuba em outra dimensão, a dimensão humana.
Saludos,
Samarone

Dilberto L. Rosa on 28 de abril de 2010 às 13:31 disse...

Vixe Maria, pé-de-pato, mangalô três vezes, caro Jens: chamar-me de PSDBista é uma ofensa pessoal, saiba disso! Especialmente considerar este pequeno 'post' reflexivo e exaltador de um bom livro-documento (o autor é socialista de carteirinha e viveu na pele todos os meandros pobres de Cuba), nunca uma desqualificação à esquerda alguma - até porque, meu caro e brancaleônico amigo, nem o Lula é mais da Esquerda como sonhamos um dia e considerar ditaduras entortadas como reinos socialistas seria deturpar o que pensadores como Marx gostariam de ver...

Também tenho minha estrelinha do PT e com ela costumava sair para votar, orgulhoso... Mas, digo-te, não a exibo mais com tanto entusiasmo: continuo contra o reacionário PSDB paulista, que segue achando que são uma República à parte, mas não me cego a ponto de dizer que sou "100% PT", "Lula" ou qualquer legenda que, aparentemente, seja de esquerda (para você ter uma ideia de como os tempos mudaram, por aqui no MA o PCdoB é da coligação da Roseana!!!)...

A Política tem seus vieses: é impossível definir um lado único, a não ser que se cortem todas as liberdades individuais e se institua um poder na marra para todo o sempre - o que é inadmissível, porque concentra tudo nas mãos de um só ou de um grupo, que acaba por destruir avanços significativos na estrutura por que se lutou! Quem disse que Fulgêncio era bom, com seu cabaré de fundo de quintal americano? Quem disse que os embargos são justos? Mas daí a dizer que eles são o único mal irremediável é tolice: Fidel há muito deveria ter encontrado formas de abrir aquela Ilha, mas preferiu ser "contra o Império Ianque"... A Política não pode ser usada como queda de braço: deve, sim, servir a seu povo e se adaptar aos pusilânimes em volta na busca de dias melhores - nisso o meu querido Lula é professor, inegáveis os seus avanços nste País pós-FHC... Só não considero que só eles possam governar esta nossa "Ilha Sul-americana" para sempre...

Abração!

Jens on 28 de abril de 2010 às 16:58 disse...

Ok, Dilberto. Considere as ofensas retiradas, por favor. Debite parte da minha diatribe ao mau humor decorrente da gripe que, a propósito, está afetando o funcionamento dos meus neurônios (que ao natural já não são muitos sagazes). Já a outra parte deve ser creditada ao meu conhecido temperamento turrão. Por isto, não falo de política.
No mais, nada temos a temer, exceto as palavras.
Ah, sim: entre mortos e feridos, salvaram-se todos.

Um abração.

Lu_MCordeiro on 29 de abril de 2010 às 02:22 disse...

Oi,Dil,tb fui petista doente,votei no Lula pq não podia aceitar essa tucanagem de m... no governo.Eu tive sonhos de um Brasil melhor e mais justo socialmente.E,o que aconteceu? Aparvalhada, vi os escândalos acontecerem,José Dirceu sentado frente à frente com o inqualificável Roberto Jefferson e tendo que se calar diante das acusações pq eram verdadeiras.As safadezas do partido que era considerado exemplo de correção,jogadas na minha cara atônita.Corrupção,favorecimentos,alianças espúrias,favorecimento de banqueiros... Tudo igual à era FHC.Só não existem as fúrias privatizantes.Tb tive a minha estrelinha vermelha e a usava,cheia de orgulho.Hj,estou esvaziada de motivação,envergonhada com apoio a Zelayas,Chavez,Morales.Indignada com a recepção amigável a Ahmadinejad e com a expulsão dos atletas cubanos para o "paraiso" da ilha de Fidel.Aliás,tenho depoimentos de duas pessoas que conhecem Cuba pelo lado "de dentro": um rapaz cubano que veio estudar no Rio, e meu ex-marido que desenvolvia trabalhos científicos na área médico-biológica,com pesquisadores cubanos.Os relatos são idênticos: falta tudo ao povo,é uma penúria de dar pena,não existe nenhuma liberdade,e existem duas classes sociais:os que mandam e seus amigos,e o resto.Para os primeiros,tudo,para os demais,um regime stalinista. O sonho socialista não passa de pesadelo pq esmaga o indivíduo,a diferença,o direito de ir e vir,a liberdade de expressão.Nenhum ser pensante aguenta a falta de liberdade e o sufocamento de sua individualidade.Cuba deixou de ser bordel dos EUA para se transformar em quintal da antiga URSS.E os irmãos Castro continuam a dominar aquele país como ditadores,só que não contam mais com o dinheiro e as armas dos bolcheviques.O embargo econômico promovido pelos americanos do norte,e seus amigos,é nojento e tem que acabar.Mas não está só aí a miséria cubana.Isso é simplismo.A miséria é pelo estilo de vida,pelas perseguições a quem discorda e aos homossexuais,pelas prisões dos discidentes,pelo cerceamento às liberdades individuais.Pois bem:nosso presidente Lula apóia o regime cubano,Dirceu é admirador fervoroso dos Castro,e o PT abriga toda sorte de "socialistas". O que sobrou do meu idealismo petista? NADA! E sequer tenho em quem votar pq todos são idênticos a todos.A filosofia da política é uma só:uma mão lava a outra.Quem duvida que observe as alianças inacreditáveis que existem.
Bjs

Jota Effe Esse on 29 de abril de 2010 às 08:17 disse...

Tá mesmo difícil de entender, nego véio não tem cuca para todas essas loucuras, como essa agora da procuradora que adotou uma menina de dois anos para torturar. Que acontece com a humanidade? Meu abraço.

Helô Müller on 29 de abril de 2010 às 14:25 disse...

Dilberto, querido!
Quanta riqueza neste teu post... Mais riqueza ainda na tua réplica ao Jens - e que aliás poderia gerar outro post! ( fica aqui a idéia... rs )
Tudo o que li aqui, de todos, inclusive do autor do livro, foi super válido! ( aliás, estou encantada com o livro, e achei genial a tua idéia em narrar algumas passagens! ) Deparar-me com a única opinião "turrona" e com os ideais de muita gente, vindo por água abaixo, só me levam a entender, cada vez mais, o velho ditado: "Dá-me o poder e eu te direi quem sou"...
É isso aí... Pelo jeito não há idealismo que resista às burras de dinheiro ilícito, conchavos vergonhosos, falcatruas, jogatinas desmedidas, roubos descarados, licitações nojentas, vista grossa às necessidades mais vitais do povo, e por aí vai...
Fico me perguntando em que caixão, eles pretendem levar tudo isso?!

Parabéns, Dilberto!!

Nem vou comentar, fato a fato, como vc tão bem o fez... Afinal, já foi tudo dito, e, muito bem, não só por ti, como pelos coments aqui deixados!
Bjs de carinho!
Helô

Ilaine on 30 de abril de 2010 às 06:05 disse...

Dilberto!

Muito bom o seu post. Não conheço o livro de Samarone Lima, mas fiquei muito curiosa. Está anotado na minha lista. Obrigada por mostrar um pouco dele aqui em seu blog.

Um abraço

Anônimo disse...

Posso te recomendar muitos bons livros sobre a Cuba contemporãnea, como "sombras no paraiso' e "Mea Cuba". a vida dos insulares não é mola. Mas que povo tem vida mole, nesse início de milênio???
Em relação ás canções do Chico, depois do seu comentário me lembrei dessa
"Ela e um fogareiro
Ela e seu calor
Ela e sua janela, esperando
Com tão pouco dinheiro
Será que o seu amor
Ainda está jogando
Da sua janela
Uma vaga estrela
E um pedaço de lua
E ela vai talvez
Sair outra vez
Na rua"

mas a vida continua, as canções do Chico também continuaram lá na Frenética Saga, corre lá para ver, que hoje tá bem sensual!!!
beijos mil.

Ruby on 30 de abril de 2010 às 12:26 disse...

Hahaha, e agora o líder político mais influente, caro Dilberto. Será que não há mais líderes que influenciam pras revistas renomadas elegerem e fazerem sua anual listinhas dos mais mais???? Beijos e bom dim de semana.

Ricardo Campos disse...

Oi Dil,

Notei que seu post gerou muitos comentários interessantes sobre a situação de Cuba. Declarações políticas pessoais afirmando quem é de esquerda, da esquerda moderada e da esquerda desiludida. etc. Bom, entrando nesse discurso confessional, afirmo que fui um esquerdista iludido pelo sonho utópico do socialismo, pelo socialismo real da URSS. Percebi que é impossível unir democracia com socialismo e liberdade com socialismo. Os dois são impossíveis de coexistir (a história mostrou isso). O pensamento de direita foi o que tentou moderar seu discurso criando a social-democracia, tentando unir entusiastas esquerdidas e direitistas (vide o governo FHC). Mas Cuba sempre foi idolatrada pela esquerda brasileira (festiva ou não). E não é o embargo americano que é o causador de todas as mazelas cubanas. Na época do embargo, a URSS já era a principal parceira do governo Cubano. Foi o fim do socialismo dito "real" na URSS que tornou o sonho cubano um pesadelo. E mesmo naquela época, Cuba vivia uma "cortina de ferro". Fidel e seus companheiros obrigam o povo a repetir o mantra; que é "o embargo econômico o causador dos males na ilha". Na verdade, os EUA fazem vista grossa pra esse embargo. Só de ajuda estrangeira dos exilados cubanos em Miame são milhões de doláres todos os anos. Pra entender melhor a época de Cuba antes da revolução, no governo de Fulgêncio, é bom assistir um filme dirigido por Andy Garcia, um cubano que fugiu da ilha pra viver o sonho americano. O filme retrata como era a vida dias antes da revolução. Mostra uma realidade que só foi piorada por outra ditadura. O que mais me irrita no governo Lulista e pré-Dilma, é a omissão do barburo esquerdida- maluco-beleza-metamorfose-ambulante para os horrores naquela ditadura. O mesmo que meter bedelho no governo colombiano e de honduras, e em todos aqueles desalinhados com o seu discurso ideológico, mas não fala um "ai" no governo cubano e de Chavez. É mole ou quer mais! É a revolução silenciosa que Dilma vai implantar no Brasil. Aguardem!

Poeta Mauro Rocha on 1 de maio de 2010 às 17:01 disse...

Ola!! Minha pausa nos estudos para ler um texto interessante!
"Esse é o nosso mundo"

Um abraço!!

marcelo on 1 de maio de 2010 às 18:57 disse...

Dilberto, tambem não entendo o circo ou até entendo por consumismo e capitalismo, globalização x mundialização...'patifaria, histéria ou espirito santo'era legal a dor do mundo, a solidariedade, a roupa copiada....mas estas coisas passaram e prá render pontos no Ibope parafernália macabra vende uma imagem 'solidária' de justiça feita...Cuba nunca se importou com greve de fome e não seria agora que retrocederia no estilo fundamental cubano...eu sentia muito mais pena ou ouvia um grito de desespero quando as jogadoras da seleção de volei e basquete agrediam as adversárias...significava que em casa algo estava errado...o RM é? nunca suspeitei, aliás ouvi uma noticia que certa vez o helicoptero de Enrique Iglessias quebrou e fez um pouso forçado num lugar dos EUA que por coincidencia era a Casa do Rick Martin que lhe deu carona e o fotografo os flagrou na estrada...historinha sem graça mas a pulga atrás da orelha disse...'sei pouso forçado? coincidencia?'

Ah tá muito boa a trilha buena vista e o citado rick....adoro os dois!

abraços

Francisco Sobreira on 3 de maio de 2010 às 10:16 disse...

Dilberto,
Tal como você, me decepcionei com Lula, em quem votei até ele ser eleito pela primeira vez. E igual a você, a minha frustração (acho que é o termo mais adequado) não me faz ir pro outro lado. A gente sabe muito bem o que foi o governo de FHC, que deverá voltar a mandar, se Serra ganhar. E quanto a Fidel... bom, deixa pra lá. Um abraço.

Unknown on 4 de maio de 2010 às 14:13 disse...

Cuba parou no tempo e ainda existem "líderes" que tem a coragem de virar as costas para a realidade...é triste observar como o mundo realmente não se importa e finge que existem direitos humanos e que todos tem acesso aos mesmos.

 

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