Mas minha homenagem real vai mesmo para um magrinho e honesto funcionário público maranhense, meio averso à politicagem de Brasília e do Maranhão, Carlos Humberto G. Rosa.
Toquinho (Antonio Pecci Filho, filho desde o nome e “toquinho de gente” como no apelido dado pela mãe), pai de Pedro e de Jade – e também meio filho de Vinícius de Moraes (1913/1980), parceiro de duas décadas que foi do eterno Poetinha –, sempre teve o dom de comover através de seu belo violão e de suas melodias ou poesias (suas ou de seus ilustres parceiros)...
Por isso sempre me emociono com Aquarela (“Nessa estrada não nos cabe/Conhecer ou ver o que virá/O fim dela ninguém sabe/Bem ao certo onde vai dar/Vamos todos/Numa linda passarela/De uma aquarela/Que um dia enfim/Descolorirá...”), O Caderno (“Serei, de você, confidente fiel/Se seu pranto molhar meu papel...” (...) “Só peço a você/Um favor, se puder/Não me esqueça/Num canto qualquer...”), Ao que vai chegar (“Voa, coração/a minha força te conduz” (...) “Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz/Clareia seu caminho e acende seu olhar/Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia/colhe a mais bela flor que alguém já viu nascer” (...) “Da paz quero a raiz/E uma casinha lá onde mora o sol poente/pra finalmente a gente simplesmente ser feliz”), Valsa para uma menininha (do atual comercial do Boticário: “Menininha, que graça é você,/Uma coisinha assim, começando a viver./Fique assim, meu amor, sem crescer,/Porque o mundo é ruim...”)...
Mas é com O filho que eu quero ter que, inadvertidamente, sempre quebro ao meio quando Vinícius (quem acabou compondo toda a linda letra por cima da base de Toquinho, sobre o filho que este queria ter), depois de, num sonho, tecer a trama da vida de um filho seu, chega ao inevitável fim do ciclo, despedindo-se do filho, que começa um novo sonho de ser pai: “Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu/Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu/E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus/Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus:/’Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer/Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer ter”... Ao filho que eu quero ter e que também deverá ser pai e a todos os que se emocionam com esta canção...
3 comentários:
Com ele precisam ir muitos senadores mantidos no poder através de um sistema eleitoral que beneficia sempre os mesmos.É preciso dar educação para os maranhenses,cujo preço do poder dos Sarney é a miséria mantida propositalmente.
olas... olhando o passado... já há uma progressão em nosso país...
lembrando a Esperança é a ultima que morre... e a Vida sempre a testará em nossas vidas..
bjs
Oi Dilberto.
O pior de tudo é que parece que o coronel vai escapar desta. Eita erva daninha difícil de extirpar!
A caracterização de Sarney como Dom Vito Corleone não poderia ser mais adequada.
Um abraço.
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