Eles estão de volta...

Além dos heróis e vilões que dominarão as telas do mês de julho, os filmes de férias desta leva garantem alguma qualidade a Hollywood...
Nesta sexta, dia 18, aporta nas telas brasileiras certo número de filmes, de diferentes origens (franceses, alemães, inclusive um nacional sobre o universo de uma blogueira...). Mas uma estréia chama atenção em particular: primeiro, por causa da "campanha viral" em torno do badalado personagem, num 'blockbuster' com lançamento mundial neste mesmo dia; segundo, porque inúmeras cidades brasileiras (entre elas, a província em que me incluo) nem mesmo sentirão o cheiro de outro lançamento que não o arrasa-quarteirão Batman O Cavaleiro das Trevas. Por isso (e, além de ser um fã legítimo do melhor herói dos quadrinhos, porque também estava ávido por ver a seqüência do ótimo Batman Begins – eu e a torcida do Vasco da Gama...), o Homem-Morcego terá o merecido destaque por aqui... Mas, como o melhor sempre fica para o final, deixem-me abrir um breve espaço para os bons exemplares dos ditos "filmes de férias" a que tive o prazer de assistir...


Do título já pululava na cabeça de qualquer fã que se preze uma dúvida atroz: seria este filme uma adaptação da excelente ‘graphic novel’ O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller? Adianto que não. Na verdade, trata-se do que se pode chamar de “grande apanhado” de várias épocas dos Quadrinhos, sem ser um legítimo seguidor de nenhuma delas – tal como foi, de certa forma, o bom roteiro do primeiro filme, baseado bastante em "Batman Ano Um", cujo roteirista principal deixou o cargo desta vez – o que em nada compromete, uma vez que o diretor assume o roteiro com a seriedade e o realismo devidos. Entretanto, inúmeras serão as citações àquela estória – o caos absoluto em que Gotham imergiu; a moto; a imprensa cativa; os “aspirantes” a Batman; a “marginalidade” do personagem (o "cavaleiro negro" do título)... –, especialmente o duelo mais esperado: Batman X Coringa... Algo que transcende qualquer adaptação de HQs já vista...

E é também de olho no Kubrick que percebi outra coisa inusitada: uma inevitável comparação entre este Coringa e o louco Alex, The Great de Laranja Mecânica: quem assistiu a esse clássico sabe o quanto era duro torcermos para aquele anti-herói e até mesmo rirmos de suas mortais brincadeiras repletas de violência... Duvido quem não ria ou se envolva com a nova versão do vilão (devidamente homenageado nos créditos e um forte candidato a vários prêmios póstumos): se a magia do personagem antigo, que usava veneno para matar as pessoas com um sorriso foi substituído por algo mais... grotesco, ninguém perderá com o esquecimento dos revólveres com "bang"!
Mas existe vida além do Coringa (cujo rosto maquiado deu as caras nas caras débeis de alguns 'nerds' da primeira sessão a que assisti!): todo o elenco está afinado, com destaque a um bem adaptado Duas-Caras e à substituta da Sra. Tom Cruise, que faz uma Rachel Dawes mais presente (Maggie Gillenhaal, enfeiada...), a edição continua ágil (com muita ação e boas subtramas, além de um Bruce Wayne mais rápido que John McClane em raciocínio!) e o diretor/roteirista Nolan (o mesmo do mini-clássico Amnésia) imprime sua marca para futuras continuações continuarem a respeitar um personagem trazido ao realismo como nenhum outro herói de quadrinhos fora antes (apesar de um ou outro exagero 'high-tech', como aquela armadura...). E, o que é melhor, num filme excelente, capaz de agradar mesmo àquele que nunca leu um gibi em sua vida!

1 comentários:
Eu li... li...tentei³, mas só entendi 1/2 :$. Meu repertório cinematográfico se resumi as comedias rômanticas adolescentes americanas, e aos filmes com contexto histórico. E isso é sério, pq ne mBatman eu assiti, nem o da sessão da tarde rs!
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