
Há quatro anos, meu querido avô paterno deixou esta vida para trás... Não costumo abordar minha vida pessoal neste espaço, mas, curiosamente, nenhum desses anos passou em branco quanto a uma lembrança ao amado Seu Sebastião, que, mais ou menos como o mártir católico e padroeiro do Rio de Janeiro, teve seus últimos momentos na Terra vividos com intenso sofrimento...
Escrevi há alguns anos o poema Se foi santo, onde lembrava que ele, com o nome de santo (nascido em 20/01), morrera no dia de outro, Santo Antônio... Por isso, estas mal traçadas linhas terão o peso de homenagear sua memória nestes dias de festejo junino...

Saudade do cheiro daquele tempo e de coisas que não voltam mais (quem ouviu aqueles “bolachões” sabe muito bem que o compacto som dos CDs, mesmo apurando os chiados, nunca substituirá a grandiosidade daquelas antigas gravações, especialmente nas tais “remasterizações”) – “herdei” alguns LPs, as fotos, pouquíssimas, estão aí, mas nada mais é como antes... Nelson se foi em abril de 1998 (apesar de ter prometido, numa entrevista, cantar até o ano 2000... Quase...), com um disco então recém-lançado, com gosto de “despedida com passar de cetro” para as novas gerações; S. Sebastião, em 2004 e, no último sábado,

Mas, como diria o poeta (no caso, dois brilhantes, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), “Em Mangueira, quando morre um poeta, todos choram”, Jamelão ficará entre os desfiles, com suas ligas de mão, na eterna liga entre o passado das belas canções de intérpretes magistrais de outrora e os saudosos de hoje que, como eu, relembram seus grandes mestres... Pelo menos em minha mente nunca se encerra o ciclo de ouro daqueles cantores de grandes vozes, interpretações dramáticas e de grande apelo popular, iniciado nos idos de 1940, onde meu coração sempre respirará a “boemia” de Jamelão, de Nelson e, principalmente, de meu amigo Sebastião...

Adeus ainda a Cyd Charisse, cujas pernas e gingado encantaram uma legião de fãs da época de ouro dos musicais norte-americanos...
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