terça-feira, 20 de janeiro de 2009



Parabéns aos cariocas pelo feriado do padroeiro da Cidade Maravilhosa, São Sebastião, o mártir cravado de flechas, que já parecia prever o futuro violento do Rio de que seria protetor... E à lembrança de meu querido avô, Sebastião Ribeiro Rosa – que, se foi santo, não sei, mas nasceu São Sebastião (dia 20 de janeiro de 1923) e morreu Santo Antônio (dia 13 de junho de 2004), indo-se santo o meu avô, mártir de seus violentos problemas de saúde...


Foto de Drica


E eis que, falando em Rio de Janeiro, 2008 acabou nos Morcegos sem uma menção honrosa ao maior surto de desenvolvimento que o País teve até então (e de uma só vez): os 200 anos da vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. Mas, antes, vamos a um pouco de História...

Decretado o bloqueio continental à Inglaterra, exigiu Napoleão Bonaparte que Dom João não só mandasse fechar os seus portos aos navios ingleses, como ainda confiscasse os bens e ordenasse a prisão dos súditos daquele país em Portugal. Impaciente com as evasivas portuguesas, Napoleão declarou deposta a Dinastia de Bragança, ordenando a invasão e a divisão do reino de Portugal (ficando o Brasil e as colônias lusitanas para serem partilhadas entre a França e a Espanha), ao que, finalmente, os ingleses acudiram às hesitações do príncipe regente português, assinando com este um acordo sobre a transferência temporária da sede da monarquia portuguesa para o Brasil – o que elevou o País de colônia ainda atrasada para a categoria de "Reino Unido a Portugal e Algarves d'aquém e d'além mar em África da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Pérsia e das Índias", passando o Rio a ser a "Capital do maior império colonial do mundo", com aterros, estradas, incremento do comércio...

O engraçado é que tal evento histórico me lembra outra coisa: a "Querela Mestre dos Mares"! Explico: depois de o amigo Sérgio já ter visto aquele bom filme estrelado por Russel Crowe, fui, enfim, ver já nos últimos dias de exibição... E gostei, diferentemente da opinião do amigo! Tudo virou verdadeira "querela", porque houve uma interminável discussão por 'e-mails' entre nós sobre o filme, baseado no famoso livro de Patrick O'Brien – o que acabou gerando situações memoráveis, como as divertidas discussões pela 'internet', especialmente sobre o desenvolvimento do Brasil pós-D. João, cujos trechos passo a expor...



"(...) O Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo narra a perseguição do navio HMS Surprise da Guarda Britânica à fragata francesa Archeron PELO OCEANO ATLÂNTICO, RUMO AO PACÍFICO, seguindo pela Patagônia, contornando o Cabo Horn até as Ilhas Galápagos, “para levar a guerra até aquelas águas” – com menção à época em que se passa o filme, juntamente com a missão a ser cumprida, numa bela homenagem a clássicos do gênero, como O Grande Motim – e, ao chegar ao litoral tupiniquim, o mestre e comandante do título original se refere a “grandes bancos de areia e de recifes onde podem recuperar o navio das avarias e ainda se abastecerem de suprimentos”, portanto aparentando tratar-se do litoral nordestino, onde muitas vilas começavam a ter seu estouro do milagre econômico do açúcar e do algodão, entre ÍNDIOS, TRAFICANTES DE ESCRAVOS, PROSTITUTAS E MERCADORES EUROPEUS E BRASILEIROS, GRANDES E PEQUENOS, tudo com precisão, sem nenhuma “presença apenas de índios, como se aqui fosse um lugar extremamente atrasado”... Assim, caem por terra as abusivas críticas às tais “imprecisões históricas e geográficas”!
Quanto ao filme propriamente dito, trata-se de um roteiro correto e enxuto, mas atento às mudanças no clima da aventura, na medida e na hora certas; as atuações precisas de todo o elenco e a direção competente de Peter Weir nunca deixam o filme perder o ritmo, graças à boa montagem; o som e os efeitos sonoros, sem comentários; e, como não poderia deixar de ser, a “fotografia feita em tanque” em nada lembrava suas fortes críticas, muito pelo contrário: se não merecia o Oscar em virtude de o concorrente Cidade de Deus ter um trabalho melhor e mais criativo, pelo menos merecia a indicação, já que é tão difícil fotografar batalhas navais, sem falar das belas paisagens em terra firme mostradas..." (dilbertolrosa@hotmail.com)


"Dilberto, tem razão, especialmente na parte histórica: lembre-se que D. João VI só viria em 1808, só aí mudando estruturalmente toda a situação ainda atrasada do Brasil... Só acho que tá te perdendo com um filme menor, cujo único vilão se concentra em poucas cenas com um navio francês, o que não sustenta a trama... Vamos falar de filmes melhores!" (sergioronnie@hotmail.com)
 

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