quarta-feira, 12 de junho de 2019

Grandes Amores na Tela...

Jessica Rabbit e Roger Rabbit: menção honrosa ao casal diferente criado para a deliciosa fusão de animação com living action em Uma Cilada para Roger Rabbit. Afinal, toda a confusão do filme começou por causa de uma armação em torno de uma falsa infidelidade da diva ruiva... Mas ela amava mesmo o coelho!
Cada um tem sua história de amor - assim como o seu casal favorito na telona. Por ter sido a primeira ida ao cinema a dois ou pela empatia sentida em conjunto com as idiossincrasias românticas exibidas num longa, todo mundo acaba se lembrando de um grande filme graças aos diálogos, às cenas ou a um enredo que une duas pessoas no Cinema. Hoje, em que se comemora o dia dos namorados no Brasil, os Morcegos prepararam uma romântica homenagem aos apaixonados em forma de lista para lembrar não só alguns casais inesquecíveis como também suas histórias de amor. 

E esse dificílimo rol tentou se limitar a 30 casais/filmes - obviamente, passando um pouquinho do limite auto-estabelecido, com as desculpas de seus já costumeiros "empates técnicos" entre pares por afinidade... Ao mesmo tempo que deixou de lado muitos outros famosos casais e filmes, ou por já serem batidos demais em suas tramas xaroposas (Romeu e Julieta; Love Story; Lagoa Azul; Uma Linda Mulher... Titanic; Crepúsculo... urgh!) ou pela incompatibilidade de gênios (Ela...E o vento levou) ou ainda pelo destino infeliz ou em separado no final (Casablanca; Vestígios do DiaDespedida em Las VegasO Morro dos Ventos Uivantes; Closer - Perto Demais; 500 Dias sem Ela; Drácula de Bram StokerO Segredo de Brokeback Mountain).

Por fim, os Morcegos mandam um carinhoso "salve" para outras grandes uniões que, apesar de merecerem seu lugar dentro das "exigências" desta seleção (popularidade; protagonismo na trama; entrega e transformação de ambos os personagens do casal; boa química; filme no mínimo bom etc.), acabaram fora desta postagem especial: Baby e Johny (Dirty Dancing - Ritmo Quente, 1987); Stella e Stanley Kowalski (Um bonde chamado desejo, 1952); Rick Deckard e Rachael (Blade Runner - O Caçador de Androides, 1982); Elizabeth e Sr. Darcy (Orgulho e Preconceito, 2005); Adriana e Gil (À Meia-Noite em Paris, 2011); Sam e Maggie (A Lente do Amor, 1997); Arwen e Aragorn (Trilogia O Senhor dos Anéis); Catherine Tramell e Nick Curran (Instinto Selvagem, 1990 - sim, porque o amor e a "trepada do século" podem salvar uma assassina de uma vida de crimes, assim como o Michael Douglas de ser picotado)...

Vai a onda/ Vem a nuvem/ Cai a folha/ Quem sopra meu nome?...
Uma das mais belas canções (nosso maior compositor de trilhas sonoras: Chico Buarque) como trilha para um dos mais poéticos filmes brasileiros já feitos: A Ostra e O Vento, outra menção honrosa, em que a solitária filha de um faroleiro opressor, Marcela (Leandra Leal), vê seu desabrochar como mulher num autofágico romance com o vento - a quem a menina chama de Saulo (que a traga e a transforma na própria ilha)...

Os (Pouco Mais de) 30 Melhores 
Casais do Cinema

30. Mulher-Gato e Batman (Batman - O Retorno. EUA, 1992)/
Betty Ross e Hulk (Hulk. EUA, 2003)
Dois romances marcantes na história das adaptações de Quadrinhos para o Cinema: em 1992, apesar de algumas bizarrices e excentricidades em meio a um roteiro fraco, Batman - O Retorno marcou pela densidade psicológica de alguns personagens - vide o enlace entre os perturbados Bruce Wayne e Selina Kyle/Batman e Mulher-Gato, como se ambos soubessem tão perfeitamente do outro que conheciam exatamente quem o outro era (afora os climas quentes e sensuais de muitas cenas, como o da famosa foto acima, toda vez que os fantasiados se esbarravam pelos telhados de Gotham). Já em Hulk, nem os excessos psicológicos nem a estranheza com as cores e a aparência em CGI da criatura atrapalharam o bonito tom de amor e compaixão de Betty Ross (Jennifer Connely) a descobrir e acalmar, com seu amor incondicional, o irascível monstro de Bruce Banner (Eric Bana).

29. Isaura e Afonso (Chuvas de Verão. BRA, 1977)
Em meio a turbulências familiares e problemas com a fuga de um bandido conhecido, Afonso (Jofre Soares) começa a sua aposentadoria e tenta se livrar dos aborrecimentos com uma relação de amizade, amor e sexo com a vizinha Isaura (Míriam Pires). Apesar de um ótimo e sensível trabalho de Cacá Diegues, o filme até hoje encontra resistências em relação às cenas de nudez e sexo entre os marcantes idosos protagonistas...

28. Annie Collins-Nielsen e Chris Nielsen (Amor além da vida, EUA, 1998)/
Molly e Sam (Ghost - Do outro lado da vida. EUA, 1990)
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Não tinha como não falar desses dois casais que lotaram os cinemas na década de 90 e ensoparam os lencinhos das moçoilas incautas - que tanto torceram pelo saudoso Robin Williams na sua saga espiritual na busca pela alma da sua amada suicida em Amor além da vida (Oscar de efeitos visuais), como choraram com Molly (Demi Moore) pelo fantasma de Sam (o hoje também falecido Patrick Swayze) no ótimo Ghost - Do outro lado da vida (2 Oscars).

27. A História de Nós Dois (EUA, 1999)
O que separa um casal? Tantas coisas... Tantas quantas igualmente o unem! E é a essa difícil equação que se propõe a resolver o bastante humano e realista casal de personagens interpretados por inspirados Michelle Pfeiffer e Bruce Willis nesta ainda mais inspirada comédia dramática do sempre bom Rob Reiner.

26. Allie e Noah (Diários de uma paixão. EUA, 2016)/
Amor (FRA, 2014)
Imagem relacionadaimovision / Divulgação
Mais filmes inesquecíveis sobre o amor na terceira idade: a maior parte de Diários de uma paixão seja sobre uma açucarada história de amor "proibido" de um esquecível casalzinho apenas jovem e bonito, mas quem realmente marca a grandeza desse filme é esse casal idoso, vivido por um resiliente James Garner (Noah idoso), a ler os diários do grande amor vivido na juventude para a sua amada Gena Rowlands (Allie idosa), que sofre do Mal de Alzheimer - o mesmo que parece assolar Anne, de Amor, após um derrame, cara-metade do músico aposentado Georges, que, em desespero, chega a uma encruzilhada: quem ama, mata? Na verdade, desvanece junto...

25. A Casa Vazia (Coreia do Sul, 2004)/ O Marido da Cabeleireira (FRA, 1995)
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Outro empate: primeiro, um filme marcante do diretor Kim Ki-Duk (Pieta), em que um jovem errante, acostumado a invadir casas e nelas morar por alguns dias enquanto seus donos estão fora, apaixona-se por bela mulher casada de uma mansão, igualmente perdida em relação à vida que leva; segundo, um belo filme sobre o encontro entre um obcecado homem e sua cabeleireira, que se transforma em casamento e evolui para um tanto belo quanto perigoso microcosmo isolado do resto do mundo dentro de um salão. Sensíveis e poéticos casais construídos no silêncio...

24. Asas do Desejo (ALE, FRA, 1987)
Aqui, o existencialismo de um anjo que deseja ser igual aos humanos de que cuida chega a ser maior que a história de amor ou o casal em si (o anjo vivido por Bruno Ganz e a bela trapezista Marion, interpretada por Solveig Dommartin). Mas a beleza da abnegação do ser celestial diante da necessidade, dentre outras coisas, de sentir e tocar a mulher amada, garantem a este pequeno clássico de Win Wenders uma colocação nesta lista.

23. Tempos Modernos (EUA, 1932)/
Kathy Selden e Don Lockwood (Cantando na Chuva. EUA, 1952)
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Mais dois exemplos de filmes mais marcantes que seus casais protagonistas... Apesar de mais lembrado por suas denúncias sociais e seu ativismo político, Tempos Modernos também cativa pela relação entre a irresoluta e linda trabalhadora Ellen (Paulette Goddard) e o operário demitido e perdido no mundo (Charles Chaplin) para, juntos, enfrentam as durezas da vida com muito amor e união - destaque também por ser o único filme em que Carlitos encerra ao lado de uma parceira, em direção ao desconhecido do horizonte, mas com otimismo e pedindo um sorriso para a amada (ao som da clássica Smile, também de autoria do genial ator, produtor e diretor inglês). Já Cantando na Chuva dispensa comentários: não é todo dia que se sai cantando e dançando no meio de um temporal por causa de uma grande paixão...

22. Cindy e Ronald (Namorada de Aluguel. EUA, 1987)/
Kat e Patrick (10 Coisas que eu odeio em você. EUA, 1999)
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E o que seria dos casais cinematográficos sem as comédias românticas adolescentes? Aqui, dois pequenos clássicos de duas décadas diferentes: a primeira, Namorada de Aluguel, típica produção oitentista da Touchstone Pictures, divisão familiar da Disney que emplacou esse sucesso ao narrar a história de uma patricinha obrigada a namorar um nerd e, de quebra, discutiu status e preconceitos no bom e velho ambiente escolar; já 10 coisas que odeio em você apresentava, 10 anos depois, uma deliciosa versão estudantil de A Megera Domada, de Shakespeare, com um ainda desconhecido Heath Ledger e seu gigantesco talento (infelizmente abreviado em seu auge, em 2008, quando do seu falecimento).

21. Sue e Michael "Mick Crocodilo" Dundee (Crocodilo Dundee. AUS/EUA, 1986)
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Um humilde e lendário guia e caçador dos desertos e das savanas australianas (exemplo de personagem que incorporou o seu intérprete, Paul Hogan), uma independente e rica jornalista novaiorquina (a linda Linda Kozlowski) e o amor que nasce desse inusitado encontro para uma matéria renderam não somente um pequeno clássico instantâneo como três continuações!

Resultado de imagem para rajada de balas20. Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas (EUA, 1962)
Um dos clássicos dos rebeldes anos 60, contestador dos padrões hollywoodianos de então com esta romantizada versão do real casal de jovens e impetuosos assaltantes de banco que se amavam loucamente, por entre crimes e alucinadas fugas pelas estradas dos EUA, na Grande Depressão - até serem metralhados por uma emboscada da Polícia, em 1934... Sem dúvida, o cineasta Arthur Penn imortalizou o casal vivido por Faye Dunaway e Warren Beaty.

Imagem relacionada19. Adrian e Rocky (Rocky - Um Lutador. EUA, 1976)
A popular franquia do famoso pugilista de Stallone talvez jamais tivesse engrenado se, em seu primeiro filme, não víssemos a bela história de amor entre o capanga e açougueiro aspirante a boxer Rocly Balboa e a tímida atendente de loja Adrian (vivida por Talia Shire até Rocky V), evidenciando o lado sensível do brutamontes.

18. A Bela e A Fera (FRA, 1946)/ Ann Darrow King Kong (King Kong. EUA, 2006)
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De cara, um empate técnico - até mesmo na legenda em comum para ambos os casais, que lembra outro clássico da Sétima Arte: "Os Brutos Também Amam"! Afinal, dois exemplos de filmes em que uma fera, em vez de matar ou devorar sua próxima vítima humana como de costume, apaixona-se ao ponto de transformar-se por completo... Assim, se pudermos pôr de lado o "final redentor" da clássica estória francesa, em que a fera vira um ser humano bem menos interessante do que era, assim como a incômoda questão racista de King Kong em qualquer das suas versões (o gorila gigante jamais se apaixonara antes pelas mulheres negras oferecidas; somente pela "loira bonita"), temos aí as duas representações definitivas para cada um desses dois casais bestiais: o clássico A Bela e A Fera, de Jean Cockteau, e a modernização romântica, dos anos 2000, de Peter Jackson (apesar do triste final de separação...), em sua releitura do melhor King Kong - o primeiro, de 1933.

17.  Jane e Tarzan (Tarzan, O Homem-Macaco. EUA, 1932)/
Robin e Marian (EUA, 1976)
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"Mim, Tarzan; Você, Jane!": para além deste clássico diálogo entre o homem que se "animalizou" depois de perdido numa selva e a mulher civilizada que quer "salvá-lo" da selvageria, temos aqui uma bela e interessante leitura do clássico de Edgar Burroughs: em vez de Tarzan voltar para a civilização e se tornar o Lord Greystoke, Jane decide abandonar tudo e se perder na selva e nos braços do Homem-Macaco que aprendeu a amar. Aqui, os melhores Tarzan e Jane das telas: o ex-nadador Johnny Weismüller e Maureen O'Sullivan. Outro casal que atravessa inúmeras produções cinematográficas é Robin Hood e Lady Marian - seja com Errol Flynn e Olivia deHavilland, seja com Kevin Costner e Elizabeth Mastrantonio, quase todo filme do justiceiro inglês conta com belas cenas românticas ao lado do seu eterno amor... Aqui, os Morcegos escolheram a versão que leva o nome dos personagens, espécie de Romance de Aventura com Sean Connery e Audrey Hepburn vivendo o par em idade mais avançada.

Resultado de imagem para lisbela e o prisioneiro16. Lisbela e O Prisioneiro (BRA, 2000)
Lisbela e Leléu foram beneficiados por diferentes ingredientes: de uma primorosa direção cômico-romântica de Guel Arraes, passando por uma salgada sucessão de divertidas piadas metalinguísticas com o Cinema, até a deliciosa porção servida de inesquecíveis releituras de canções bregas e/ou antigas ("Agora, que faço eu da vida sem você...")... Pronto: uma receita bem sucedida no inconsciente romântico coletivo nacional!

Imagem relacionada15. Fiona e Shreck (Shreck. EUA, 2008)
Bem mais lembrado pela comédia escatológica, Shreck e Fiona merecem uma colocação como casal não só pelo sucesso no imaginário popular de crianças e adultos como também pela abnegação da protagonista: a bela princesa subverte os paradigmas Disney e se torna uma feiosa ogra para viver um grande amor - seja na lama, na floresta ou numa casinha de sapê...

14. Flor e Vadinho (Dona Flor e Seus Dois Maridos. BRA, 1976)Imagem relacionada
 E quem disse que a malandragem não traz um diferente tempero para casais arretados de inesquecíveis? Que o digam os nordestinos Dona Flor e Vadinho (este, mesmo depois de morto!), no primeiro "trisal" da História da 7ª Arte - isso, claro, sem o austero Dr. Theodoro tomar conhecimento...

13. Lula Pace Fortune e Sailor Ripley (Coração Selvagem. EUA, 1989)
Um dos mais cultuados trabalhos do diretor David Lynch é também o mais divertido e romântico, com o brega e alucinado casal imortalizado por Laura Dern e Nicholas Cage, que, depois de inúmeras perseguições absurdas e vilões bizarros, vivem uma história de amor abençoada pela fada de O Mágico de Oz (!) e com direito a Cage cantando Love me tender para a sua amada em cima dos carros de um enorme engarrafamento...

Resultado de imagem para uma aventura na áfrica12. Rose Sayer e Charlie Allnut (Uma Aventura na África. EUA, 1951)
Um olhar entrega facilmente o que surge por trás das dificuldades... E eis aí um brilhante casal que mereceu o final feliz: depois de lutas contra doenças, mosquitos, piratas e todo tipo de problemas nas inóspitas selvas africanas do século XIX, inspirados Bogart (vencedor do Oscar por esse trabalho) e Hepburn se rendem ao que o amor tem de melhor: a vitória a dois sobre todas as adversidades possíveis - principalmente, os individualismos turrões de cada um!
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11. Maude e Harold (Ensina-me a viver. EUA, 1971)
Um grande exemplo de que os melhores conflitos de amor não têm idade - e numa obra atemporal, que, no Cinema, virou cult ao longo das décadas: em Ensina-me a viver, temos um jovem recém-saído da adolescência vivendo um amor platônico com uma adoravelmente louca idosa de 90 anos (outra interpretação genial de Ruth Gordon), numa surrealista comédia dramática que até hoje diverte e emociona, lembrando que o amor e o seu aprendizado não têm idade.


10. Harry & Sally - Feitos um para o outro (EUA, 1989)Imagem relacionada
Eles nem amigos eram, obrigados que foram a se aturar pelos encontros e desencontros da vida... Até que, com o tempo, perceberam que tinham muito mais em comum do que imaginavam e jamais dariam certo com ninguém mais. Um clássico absoluto de casal que se ama mesmo achando que suas ironias os protegeriam de se apaixonar um pelo outro - e ainda mais clássica é a cena do restaurante da foto acima, em que Sally mostra a Harry o quanto ele ainda precisa aprender sobre mulheres... e orgasmos femininos!

09. Barry Egan e Lena Leonard (Punch-Drunk Love - Embriagados de Amor. EUA, 2002)Imagem relacionada
O que poderiam ter em comum o oligofrênico filho único de uma família de irmãs opressoras e sua vida desmotivada e uma jovem bem resolvida e recém-apresentada à família? De acordo com o sempre criativo diretor P. T. Anderson, tudo: e esse belo, sensível e diferente filme imortalizou seu casal protagonista num daqueles "encontros de uma vida" - e, além disso, entregou uma brilhante interpretação do fraco comediante Adam Sandler!

08. Leia e Solo (O Império Contra-Ataca. EUA, 1981)Imagem relacionada
Mais um casal de turrões com personalidades fortes que cativou milhões - apesar de a trilogia de Aventura e Ficção Científica de Guerra nas Estrelas não ser bem sobre romance: a princesa rebelde Leia e o mercenário canalha de bom coração Han Solo garantem aqui um merecido lugar, embora saibamos que o desfecho da dupla não viria a ser dos melhores...

07. Mortícia e Gomez Addams (A Família Addams. EUA, 1991)
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Na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte... os una ainda mais: maior casal do humor negro, Gomez e Mortícia são vividamente apaixonados desde as tirinhas em Quadrinhos da Família Addams e do adorável seriado da TV dos anos 60... Foi no Cinema, porém, com o par formado pelo saudoso Raúl Julia e por Anjelica Houston, que se imortalizou a arrebatadora química dessa mórbida paixão!

06. A Dama e O Vagabundo (EUA, 1955)
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Uma das histórias mais incríveis da Disney, desde a questão do impacto da chegada de um bebê a uma família sob a óptica do animal de estimação favorito - a Dama, uma collie mimada e que vive no luxo - até a crítica social, ao passar a narrar um romântico enlace da cadelinha sofisticada com o cachorro de rua Vagabundo, um gentleman sem eira nem beira... E, assim, os dois cachorrinhos em desenho animado não só protagonizaram a mais perfeita cena de um casal se apaixonando no Cinema - a genial sequência do macarrão compartilhado até um repentino beijo e o oferecimento de uma almôndega pelo macho à sua parceira -, como também mostraram que um grande amor supera mesmo as maiores diferenças sociais, e na hora das maiores dificuldades (como criar os filhotinhos por entre visões de mundo tão diferentes)!

05. Elisa e "Homem-Anfíbio" (A Forma da Água. EUA, 2018)/
Maddison e Allen (Splash - Uma sereia em minha vida. EUA, 1984)
Filmes bem parecidos entre si e construídos com boas mancheias de clichês - não por acaso, um site norte-americano fez interessante vídeo comparando os dois... Mas seria muita injustiça não lembrar da beleza unindo estes dois casais compostos por criaturas marinhas: o primeiro, recente e mais estiloso, com um pé a mais no fantástico, no Cinema clássico das antigas e grandes direções de arte (não por acaso, vencedora do Oscar nesta categoria), A Forma da Água nos traz uma interessante homenagem aos antigos filmes B de monstros aquáticos e uma interessante relação amorosa que surge entre um homem-anfíbio e uma mulher pobre e surda-muda à margem da sociedade (a ótima Sally Hawkins) em meio às perseguições ideológicas da Guerra Fria dos anos 50. Já em Splash, que em breve ganhará uma refilmagemsomos formalmente apresentados a um então jovem que se tornaria um dos grandes astros da indústria hollywoodiana, Tom Hanks, e seu envolvimento mágico desde a infância com a doce, porém sumida, Daryl Hannah, a sereia bonitinha que vai ao encontro do seu amado em meio a perseguições de pesquisadores inescrupulosos nos tempos da Era Reagan... Casais similares, mas idênticos só num ponto: amam-se e se completam até debaixo d'água (inclusive no final igualzinho)!

04. Eva e Wall-E (Wall-E. EUA, 2008)/
Ellie e Carl Fredricksen (Up - Altas Aventuras. EUA, 2009)
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Dobradinha da Pixar! Em Wall-E, muita gente viu um pequeno clássico da Ficção Científica nascendo, a contestar todo o nosso modo de vida atual; outros perceberam um grito realista de socorro em prol do meio-ambiente; já os românticos Morcegos adoram lembrar o velho robozinho catador de lixo e apaixonado, que conseguiu não só salvar a Terra, como ainda inseriu o amor na dura programação da moderna e pragmática Eva. E em Up, a linda história de amor perfeito, nascido na infância até a velhice, entre Ellie e Carl, contada nos primeiros minutos do filme, foi tão incrível que praticamente a tornou um filme dentro do filme, como se juntassem um daqueles tocantes curtas independentes da Pixar ao resto do longa, numa espécie de bônus que antecede a amalucada e divertida história de aventura envolvendo a sempre lembrada casa de balões.

03. Clementine e Joel (Brilho eterno de uma mente sem lembranças. EUA, 2004)
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Pouco adianta a sociedade futurista em que esse casal está inserido, quando será possível apagar a memória quando algo nos magoa - como o fim de um relacionamento... E adianta menos ainda esses dois tentarem apagar o que foram um para o outro... O amor da consciência mais profunda encontrará formas de mantê-los juntos - até que voltem a se encontrar... Uma história incrível, diálogos inspiradores (traços fortes do roteiro de Charlie Kaufman) e a ótima parceria entre Carrey e Winslet fazem deste filme um clássico duplo: tanto do Cinema dramático de Romance quando de uma boa e velha FC!


02. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (FRA, 2006)
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Em resumo? Um casal estranho... Mas o inteligente e sensível longa cheio de mirabolantes truques de edição, fotografia e música não é justamente sobre isso: gente estranha e suas manias e esquisitices? Ou, melhor, sobre o que é normal e o que seria "estranho"? Então, nesse caso, foi o que prevaleceu: o filme é uma ode ao lugar de cada um no mundo, ao encaixe perfeito que duas almas tidas como à parte da sociedade pode ter e sobre uma jovem (Amélie, a ótima Audrey Tattou) que elabora um mundo de situações para ajudar a todos em volta e acaba se encaixando de volta num amor com outro perdido (Nino), que parecia a ela destinado desde antes de ser...

01. Celine e Jesse (Antes do Amanhecer/Antes do Pôr do Sol. EUA, SUI, AUT, 1995/2004)
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Parafraseando o estilo do nosso melhor (e mais injustiçado) Presidente, "nunca na história" do Cinema viu-se casal e enredo tão visceralmente realistas e, ao mesmo tempo, tão românticos e idílicos no seu idealizado encontro perfeito. E jamais se viram diálogos tão possíveis quanto adoráveis. E nunca um enredo foi tão inteligentemente bem dividido entre dois filmes independentes e tão díspares, mas que tanto se complementam: no primeiro, um encontro casual de química perfeita entre dois jovens na Europa, que, depois de um dia perfeito de descobertas e união, decide re rever na quele mesmo lugar dentro de um ano (o que remonta a clássicos como Tarde demais para esquecer); 10 anos depois, descobrimos que 10 anos também se passaram nas vidas dos protagonistas desde aquele encontro, com rumos totalmente diversos daqueles que ambos sonharam para as suas vidas, num reencontro tão amargo quanto belíssimo, de lindo final em aberto... Infelizmente, tanto os ótimos Ethan Hawk e Julie Delpy, juntamente ao diretor-roteirista Richard Linklater, acharam por bem dar um desfecho explícito ao casal numa espécie de epílogo, Antes da Meia-Noite, mas creio ter este se distanciado da tônica maravilhosa e de mútuo complemento entre as duas obras anteriores: é o nosso primeiro lugar entre os famosos casais cinematográficos!

HORS-CONCOURS
Kal-El e Lois Lane (Superman - O Filme. EUA, 1978)
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Uma repórter premiada internacionalmente e, portanto, emancipada e independente, transforma-se por completo na mulher mais dependente do mundo diante do alienígena misterioso; ele, um semideus superpoderoso imbatível contra os malfeitores, mas que, além da kryptonita, tem como sua maior fraqueza o amor por aquela terráquea em especial - ao ponto de usar todos os seus poderes para unicamente salvá-la, ainda que isso custasse voltar a Terra e o tempo (!), a fim de reverter a tragédia...
Nem é preciso dizer que o casal imortalizado pelos saudosos Christopher Reeve e Margot Kidder, ao personificar dois ícones dos Quadrinhos atualmente de mais de 80 anos, surge aqui como um brinde aos cinéfilos e está fora e acima de qualquer competição, capaz que é de fazer suspirar as plateias de todo o planeta, de 78 até hoje, por esse amor platônico - e também capaz de ser o único exemplar de relacionamento amoroso num filme de super-herói que não se colocou como forçado na ótima trama!
 

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