
A "Força" está em festa: já se vão 30 anos do primeiro filme da série StarWars. Guerra nas Estrelas - Episódio IV - A Única Esperança (que, à época, chamou-se apenas Guerra nas Estrelas) tem exatamente a minha idade, o que torna desnecessário dizer o quão maravilhada cresceu toda a minha geração com aquela trilogia maravilhosa (que se seguiu com O Império Contra-Ataca e O Retorno do Jedi, Episódios V e VI, respectivamente), vendo-a e revendo-a nas Sessões da Tarde e nos VHS de então, sempre com uma pergunta que não queria calar: porque tudo começara a partir do quarto episódio? Hoje essa pergunta já foi mais que respondida, depois que George Lucas resolveu fazer uma nova (e bem fraquinha) trilogia, a do "início", a "explicar" como tudo aconteceu - na verdade, a explicitar o que todo fã de carteirinha já sabia há muito tempo, pelas centenas de estórias veiculadas em livros, revistinhas e 'videogames' desde 1977...
Naquele ano, George Lucas mostrava então o copião de Guerra nas Estrelas (hoje conhecido apenas como Episódio IV) a seus famosos amigos e cineastas Scorcese, Coppola, De Palma e Spielberg. Resultado: uma recepção fria e certa de que aquilo seria um fracasso retumbante - à exceção de Steven, que viu naquele trabalho um imenso potencial financeiro... Receoso e desanimado, Lucas foi refugiar-se na casa de veraneio no Havaí do amigo Spielberg, que, por sua vez, também receava ter um grande fracasso com o seu Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Resultado: entre um porre e outro, os dois amigos saíram do "exílio" com as idéias prontas para o futuro sucesso de Indiana Jones – além de largamente mais ricos, obviamente, com os sucessos de Contatos e de Guerra! Assim reza a História do Cinema...
E Lucas, sem dúvida, escreveu esta história, revolucionando-a: apesar de em 72 O Poderoso Chefão ter sido o primeiro 'blockbuster' da História, e de Tubarão, em 75, ter inaugurado a famosa "temporada de verão americano" (período maio/julho), foi mesmo Guerra nas Estrelas (juntamente com os dois capítulos seguintes) que inaugurou o "cinema pipoca" (e as atualmente insuportáveis "trilogias", vide a terceira nova bobagem "do Caribe"...), o estilo "pop-cinematográfico", aquele repleto de efeitos visuais e capaz de gerar fenômenos de massa e sucessos arrasadores de bilheteria no mundo inteiro, a lotar salas e mais salas - ainda que, em sua maioria, não apresentem qualidade suficiente para tanto!
Por razões óbvias, não acompanhei a trilogia original nos cinemas entre 77 e 83, mas nunca me esquecerei da emoção que tive quando do relançamento de 20 anos da saga de Guerra nas Estrelas: tudo bem, podiam torcer os narizes os mais puristas em relação aos novos efeitos e às mudanças operadas nos filmes, mas só em ter visto a batalha da Estrela da Morte de Guerra nas Estrelas na telona ou ter ouvido a fala (e a respiração!) de Darth Vader (que brinco, entre amigos, de imitar, a já eternizada voz do ator James Earl Jones para o maior vilão do Cinema), de longe o personagem mais marcante (também na nova trilogia) em 'Dolby Surround' na sala grande... Não tem preço!O tempo passou, uma trilogia inteira foi feita (que só agüentamos em função do Episódio III - A Vingança dos Sith, o "melhorzinho", graças a um diretor enferrujado pelos tempos de engorda, apenas produzindo alguns títulos menores ou revolucionando os efeitos visuais gráficos com a ILM), novos brinquedos, produtos, desenhos animados e milhões de dólares foram produzidos, mas algo bem maior restou: uma verdadeira mitologia fora criada, que ainda reluz com personagens imortais e uma excelente mescla de matinês norte-americanas de ficção com filmes de samurais e fábulas gregas, desde a minha geração, que cresceu a imaginar batalhas estelares estalando os sons dos 'lasers' com a boca e a ensaiar lutas com cabos de vassoura como se fossem sabres de luz, até as novas gerações da internet, do MP3 e dos games sanguinolentamente em 3D! Sigo a relembrar a infância e a magia daqueles tempos idos e a imaginar como é que seria, daqui a uns dez, quinze anos, reunirmo-nos todos, outra vez, para as novas aventuras tecnológicas de uma "trilogia final", enfim com os episódios VII, VIII e IX, tudo como no há muito tempo de nossas infâncias, naquela galáxia muito, muito distante...










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