E que venha o piano, o saxofone e o instrumento que for, que o preto toca! E arranja (coisa nova até então) e compõe e orquestra para quem não sabe ler partitura. E reinventa a música que antes só se via branco tocar. E segue o sonho, com o preto aplaudido pela brancarada de todo lugar, de Paris a Buenos Aires, com Vila Lobos, Stokowski e Gnatalli a se babar!
E assim, tal como um Mozart com um Sallieri em seu encalço, Pixinga, por vezes esquecido ou perseguido pela bebida, foi tantas vezes invejado e injustiçado pelos Lacerdas da vida... Mas, danado que só ele, acabou superando tudo, ensinou muita gente, abrasileirou clássicos europeus junto aos sambas africanos (criando um lamento novo, quase um choro de criança) e ainda morreu como santo, numa igreja, em pleno carnaval...
Às vezes penso (ou sonho, ou divago...) se Pixinguinha mesmo existiu... Afinal, tantas vezes o viram de pijamas que chego a pensar se ele, ingênuo e puro, não estaria dormindo e sonhando sua música perfeita dentro de meu próprio sonho... Bexiguinha ou Pizindim, do Catumbi ou da Piedade, esse batuta realmente existiu ou tudo não passou de um devaneio da Música Brasileira, que um belo dia acordou e quis tomar carona no sonho dos acordes de um mestre...
Às vezes penso (ou sonho, ou divago...) se Pixinguinha mesmo existiu... Afinal, tantas vezes o viram de pijamas que chego a pensar se ele, ingênuo e puro, não estaria dormindo e sonhando sua música perfeita dentro de meu próprio sonho... Bexiguinha ou Pizindim, do Catumbi ou da Piedade, esse batuta realmente existiu ou tudo não passou de um devaneio da Música Brasileira, que um belo dia acordou e quis tomar carona no sonho dos acordes de um mestre...
Acho que sofro porque quero e vivo perdendo a noção da realidade de propósito... Acordo, de repente, com o telefone e me pego com uma rosa no colo, ouvindo Carinhoso no rádio antigo, divagando tristemente sobre aquele tempo maravilhoso que não vivi, a me embalar tetricamente na grande cadeira de balanço da casa do meu tio-avô, que adorava Pixinguinha e que hoje já não existe mais em lugar algum além de nas minhas melodiosas recordações...








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