Paisagem de Paris, 1959, Hajime Higaki.
Finados
E a vida
segue
à espera da
sorte
de se
encontrar na esquina
de se
esperar a morte
na correria,
no átimo de
cada coisa dita
ou
esquecida,
como os
amores perdidos
somente
sentidos
entre um
gole e outro
antes do
ocaso ébrio
diante de um
Chico na vitrola
que nem mais
ouço,
que nem mais
leio,
que não dá
tempo,
que nem
tenho absoluta certeza
sobre o que
rola
ladeira
abaixo
com ela, com
as outras
letras que
me esperam,
na incerteza
de amar a fundo
ou de querer
só desejar
diante da
tela clara
de um cinema
vazio
que nunca
começa,
que quase nunca
visito...
só sei que tudo um dia se encontra
e enfim se
cruza
o começo com
o fim,
no que se
tinha pra fazer,
mas que
agora não tem razão
porque o
feriado é morto
e a cabeça
a chegar ao
rabo
fecha o
ciclo de um tempo de cão
que nunca teve
quê nem porquê,
só seguiu
sua sina
antes mesmo
de dobrar a esquina
e de
encerrar o que tanto prometia
diante da
tela clara
a ser
preenchida
branca,
vazia,
cheia de mais imprecisão...
(Dilberto L.
Rosa, 02 de novembro de 2016)
|
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Pelas esquinas a gente ainda há de se cruzar e ficar cara a cara...
Assinar:
Postagens (Atom)