sábado, 30 de junho de 2018

Farewell...

Resultado de imagem para enterprise star trek original series gene roddenberry
Audaciosamente indo aonde nenhum garoto jamais esteve...
Nunca vi um episódio sequer das três temporadas originais da clássica série Jornada nas Estrelas, lançada há mais de 50 anos na televisão - tenho vontade, estão disponíveis na Netflix, mas, por alguma razão, até hoje jamais parei para acompanhar um sequer. Curiosamente, vi todos os 10 filmes lançados por essa franquia no Cinema - incluindo aí os 4 de uma de suas derivações mais famosas, também originalmente televisiva Nova Geração (1987/1994), spin-of comandada pelo Capitão Picard (o "Professor Xavier" Patrick Stewart, dos X-Men). E, apesar de seus altos e baixos "pares e ímpares" (títulos fracos e muito bons, respectivamente, alternam-se desde o insosso Jornada nas Estrelas, o primeiro, de 1979, até o último e bom décimo exemplar, Jornada nas estrelas: Nêmesis, de 2002), foram esses longas que me levaram a conhecer e amar Capitão Kirk (William Shatner), Sr. Spock (Leonard Nimoy), Dr. McCoy (DeForrest Kelley) e cia., cativando-me para este fascinante universo "onde nenhum homem jamais esteve"!

Olhando agora em retrospecto, foi-se o tempo em que ainda se falava Português no metiê televisivo e cinematográfico e se conhecia tudo por "Jornada nas Estrelas"! Tanto é que o atual reboot (mais estrangeirismo: tipo de recomeço de uma franquia cinematográfica em que se aproveita e se adaptam personagens e tramas do original), com novos e jovens atores a interpretar os velhos personagens, agora numa espécie de "universo paralelo", já ficou conhecido por aqui como Star Trek (2009), o primeiro e único que vi de uma nova leva de 3 filmes, sob a batuta do novo midas da Ficção/Fantasia de Hollywood, J. J. Abrams (o mesmo por trás da nova trilogia Star Wars, outra saga espacial repleta de seguidores incondicionais): contando com muitas atualizações repletas de ação e rostinhos bonitos, com algumas situações clássicas requentadas e com a participação-homenagem do hoje falecido Nimoy como o próprio Spock original, meu personagem favorito, trata-se de um razoavelmente bem interessante "recriar" de algo tão tradicional - em que, pra mim, o acerto maior foi mesmo trazer o velho senhor das orelhas pontudas numa de suas últimas aparições antes de seu falecimento, em 2015.

Sim, gostei do filme. Daí a aceitar Zachary Quinto como o novo Sr. Spock... Por mais que eu amasse seu trabalho como o vilão Sylar da injustamente esquecida série televisiva Heroes (2006/2010) e mesmo eu passando longe de ser um trekker (fã ardoroso de Star Trek), acho um pouco demais: Quinto é um bom ator, mas o problema destas intermináveis recriações de personagens clássicos é que sempre será só e tão somente um ator repetindo um ícone posto - neste caso, tão grande e facilmente reconhecível mundialmente como um Super-Homem ou um Darth Vader! Nimoy era Spock (apesar de em sua primeira autobiografia dizer o contrário, acabou aceitando o fato na sua última, I Am Spock), não há outro! E mesmo que ele fosse bem versátil (poeta, pintor, cineasta - é dele a deliciosa refilmagem Três Solteirões e Um Bebê), esse papel marcou não só a sua carreira como também a cultura pop mundial! Não foi à toa a genial tirada de Sheldon Cooper (Jim Parsons) em The Big Bang Theory ao receber seu encomendado e tão aguardado display em tamanho natural do mais famoso vulcano: - Ai, não: eles me mandaram o Spock errado! Vida longa e uma porcaria, Zachary Quinto!

E o que havia naquele Oficial de Ciências da Enterprise de especial? Aparentemente, uma das razões iniciais para o sucesso da série se devia justamente, dentre outras coisas, a esse grande personagem, e, até para quem nem era um grande fã, como o meu pai, Spock era facilmente lembrado e descrito como "aquele sujeito sisudo de orelhas pontudas". Era isso: ele era diferente; logo, marcante! Acho que foi no Cinema que ampliaram o seu lado meio-humano (Spock era filho de uma terráquea com um alienígena vulcano), em que sua nativa lógica excessiva aos poucos foi sendo mesclada com uma lealdade coberta de emoções e sentimentos escondidos... O Cinema faz isso - amplia! Afinal, como imaginar, na longínqua década de 60, que uma fracassada série inteligente, com metáforas "espaciais" avançadas na época para questões bem "terráqueas", como discriminação/representatividade racial e busca pela paz, viraria cult com as reprises na TV ao longo da década seguinte e se tornaria um fenômeno multimídia até mais da metade da segunda década do "futuro" século XXI?

Assim como se deu no Cinema, os Morcegos também têm dessas coisas "grandiloquentes"... E em meio a um excesso de emoções à flor da pele e aparentemente sempre com tanto a dizer sobre as Artes em geral, vez por outra se deixam levar por uma filosofia mais lógica e, entregando-se a um cansaço excessivo, decidem repousar nas cavernas de algum planeta distante do nosso quadrante Alfa sem dizer se voltam, se se retiram para sempre... Se das outras vezes eu não sabia, nesses últimos "tempos estranhos" é que não sei mais de nada! Só me resta a esperança de que seja breve esta partida e que os Morcegos voltem a escrever novamente por sobre a minha cabeça o que este blogue sempre gostou de dizer a quem sempre gostou de acompanhá-lo - ainda que, por muitas vezes, as letras se lancem mesmo ao vento e ao Espaço em perdição... Onde ninguém jamais esteve... Sem ninguém no chão para catá-las...

"Vida longa e próspera" - hoje e sempre: lute por isso! Assim na Terra como no Céu...

E até...
Resultado de imagem para spock live long and prosper

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Amor e Desamor...
E Amor...

Folhas e caneta-tinteiro — Fotografia de Stock
A carta de amor
Que jamais chegou
Logo perdeu a cor,
Sem destinatário...

Há tempos escrita
À mão e à caneta,
Cada linha desdita
De cama desfeita
Guardou um amor
Como um relicário
Há muito esquecido
No fundo do armário...

Fez declarações
E promessas vãs
Ao vento e a quem,
Prenhe de emoções,
Quisesse encontrar
O amor e a delícia
De se embriagar
No raso, no seco
Despertar de si
Mesmo...

Chega a ser pesada
Do tanto a contar
A missiva...
Tez amarelada,
De um tempo perdido
Quanto, não se sabe...
Quase não se cabe
A carta atrasada
Pra desabafar,
Furtiva...

Não se sabe ao certo
Quanto prometido
Nem quem a escreveu
Porque,  simplesmente,
Apôs-se ao verso

"Assinado: teu"...

(Dilberto L. Rosa)

Éramos um, dois,
Nós
Desatemo-nos
E nada sobra
Além do peito negro,
E da mão branca
Espalmada
A rogar
Por algo que não há,
A vagar
Tentar colher
Do que deixou de ser
Coxas, pernas e braços
Sem razão
Que subsistem nus
A sós.
Nós
Que éramos tudo
Antes mesmo de ser
De repente,
Desaparecer
No ar
Se tornou a razão
Do não existir
Ao entardecer
Sorrir
Se esvanece na multidão
Distante
De cada um
Dos nós
Que nos amarravam
Mas nos fazíamos
Um...

(Dilberto L. Rosa)

 

+ voam pra cá

Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!

Quem linkou

Twingly Blog Search http://osmorcegos.blogspot.com/ Search results for “http://osmorcegos.blogspot.com/”
eXTReMe Tracker
Clicky Web Analytics

VISITE TAMBÉM:

Os Diários do Papai

Em forma de pequenas crônicas, as dores e as delícias de ser um pai de um supertrio de crianças poderosas...

luzdeluma st Code is Copyright © 2009 FreshBrown is Designed by Simran