segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Trilogia do Querer Voltar a Crer

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Não!

E se eu ainda me aventurasse a caminhar
Por sobre cada firme palavra que me pronunciaste
Antes do abandono...
Decerto eu cairia, não mais voaria suspenso
Na imensidão de cada jura sentida
Prometida com tua alma prenhe:
Haveria somente a gravidade dos teus pesos
Em meio à confusão de novas vidas
Do acordar de cada sono interrompido...

Não!
Começa me devolvendo
A simples angústia por tudo que me deste
E me faz acreditar...


Crescendo

Eu
Mesmo diminuto
E com alguma flacidez,
Acabo como nem fosse um gigante
Pouco antes de me apareceres
– E te envolvo com mil dos meus braços
E mãos
A fim de te fazer crescer
A partir do que sempre quis ofertar:
Cresce por mim!
Cresce pra cima de mim
Com meu corpo suado, marcado, ferido
Por debaixo do teu...
Que tu morras na nossa verdade,
Na complexidade do viver
Nossos sentimentos mais simples
Até o nosso renascer.
Então digamos uma prece
Com a pressa que me prometeste,
Para longe da falsidade
De vidas criadas
Por entre ungidos e escolhidos
Que tudo dizem saber
Diretamente de Deus,
Para que nosso momento nos carregue
E abençoe em nosso próprio altar,
Nos conforte e nos salve
Deste inferno
Onde sempre te querem guardar
(Porquanto leve o tempo que for
Nada nos podem fazer
Que só e tão somente
Nos atrasar...)!
Porque teu é o meu corpo
E tudo em mim que me torne melhor
Há de assim me fazer ainda mais
Por ti:
Então que tu cresças comigo
E que eu consiga ser
Maior que o leão de qualquer tribo,
Poderoso ao te proteger
Te cobrir e te morder os ombros, os seios
E, ao te comer
Todos os medos,
Rugir tão fortemente
Que nunca mais te faças de surda
E, assim, se desfaça
Cada uma das desgraças
Que nos roem
Suspensas em derredor e,
Enfim, que nosso gozo
Suba e se faça ouvir
Acima de todos os sentidos
E céus
Que puderem existir...


Canção das Certezas

Tu me dizes, arrependida,
Que o nosso amor
Nunca vai nos faltar
E que, aos poucos,
Tudo o que nos pertencia
Há de nos voltar
Eu grito por pressa, irrompo acabado com nosso verso ferido, de dor engasgada
Tu choras baixo,
Manténs a mão estendida
E me mostras o mar...

(Dilberto L. Rosa, 2018)
  

 

+ voam pra cá

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