Hoje não ligo para ninguém, não visito ninguém... Mas também não fico aguardando homenagens, muito pelo contrário: mais das vezes, fico envergonhado com as palavras mais rasgadas de afeto pela ocasião... Adoro a sensação de envelhecer, ao contrário de muita gente! Reflito sobre mais um ano e agradeço por tudo que recebi, sem deixar de pedir luz para aprender com o que perdi... E sigo; e é só! Porque hoje é meu aniversário e não cabe aqui falar de mim – deixem que falem a meu respeito! Especialmente que amanhã é dia das mães e a mim cabe mesmo é fazer homenagens, onde me sinto bem melhor, especialmente a esta grande mulher maternal... E a melhor forma que encontrei de unir estas datas comemorativas foi adiantar um pouquinho a RETROSPECTIVA de amanhã e, pela ocasião especial, torná-la mais especial ainda: repito duas publicações marcantes do ano passado: a primeira, do dia 13 de maio, quando meu irmão teceu-me uma bela homenagem (toda o post está republicado na íntegra; por isso, lá, ainda estou completando 28 anos... ); o segundo, em homenagem às mães, saúdo D. Dilena com um poema de minha autoria e abraço a todos estes seres mais que abençoados chamados de mães.
RETROSPECTIVA
Datas Especiais/HomenagensMas hoje não falo de mim: deixo que os amigos o façam... E, meu irmão Dilemberto, o famoso Lima Garotinho, fez para mim uma bela homenagem em forma de poema (havia outro, mas, numa dessas manhãs de bebedeira, quando ele escreve os seus arroubos, parece tê-lo perdido...). Obrigado a Deus e aos companheiros de trajetória: sigamos mais um ano de estrada...
O núbil de agora,
um novo de antiguidades
Cultura de pernas
e longas estradas virgens...
Diria - um moxa...
...para cicatrizar a incultura!
Um eterno ermitão
na fuga do mau som.
Um lânguido de ações
mas um terremoto
quando as toma.
Berço esplêndido do saber,
olhos de caça,
como águia,
à presa do erro das frases tortas...
Mano velho
de idade nova,
de florestas em opções,
de única mulher:
Cante tua voz,
que ela ecoe
num absurdo de sons
apagando a ignorância...
(Dilberto Lima Rosa, Morcegos/Weblogger - post do dia 13 de maio de 2005)
Diante das mães, parecemos crianças... Logo, qualquer homenagem que se faça se faz sem graça, infantilmente, como se não houvesse palavras para descrevê-las em sua plenitude (ou mesmo porque voltamos ao passado e ficamos abobalhadamente envergonhados diante daquela senhora que tudo sabe de nós). À minha adorada mãe Dilena (também mãe de meu único irmão Dilemberto, o famoso Lima Garotinho), o meu sincero e infantil obrigado, em todos os clichês inimagináveis de carinho e devoção (e em meu "poeminha" à Vinícius, como se criança eu ainda fosse...). Às minhas avós, D. Raquel e D. Marieta; às tias, primas e amigas que já são mães (como a querida Léo, mãe da linda Alice, que, por acaso, aniversaria hoje) e a todas as mães dos amigos que tanto já me receberam com afeto, atenção e bons lanches e almoços... Meus mais sinceros parabéns!
Em Homenagem a D. Dilena
Mãe de todos os clichês
Da Rainha do lar à Santa no altar
Mãe Maravilha
Busco poesia
Ao te exaltar,
Aos brados,
A beleza além da concretude
De tua vida reta
De teu porte impecável...
Eu, que de ti herdei
Os olhos, a boca e o cabelo,
Sigo como um espelho
A te imitar a arte da perfeição
De teus valores corretos
Diante do incerto
De minha vida
A bênção, senhora,
Tu que acompanhas ao longe
Os meus versos infantis,
Releva a tosca lembrancinha
Que fiz e que a ti oferto,
Eterna fonte em meio ao deserto
De meus pensamentos...
Jovem e bela morena
Das longas madeixas
Do retrato em branco e preto
Senhora do cenho fechado
E da alma aberta
Diante do cerne da questão
Fala e ensina aos quatro ventos
O que é ser mulher de plantão
E mãe, a todo sempre,
Diuturnamente...
Luto em converter
Este fraco poema
(A curvar a poesia em tua deferência)
Mulher, acima de todas as mães)
Em homenagem à Dona Dilena
- Que se quebrem todas as penas
Por sobre os papéis mais ásperos
Que a vida te deu
Na mais sincera e pungente
Poesia
Que é o viver
Ser
Filho teu
Dilberto Lima Rosa
(Dilberto Lima Rosa, Morcegos/Weblogger - post do dia 08 de maio de 2005)







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