E ontem foi comemorado o Dia do Poema: como a poesia faz parte mesmo do meu viver, em homenagem à data publico hoje um soneto sobre o inexorável confronto de todo poeta... Este poema faz parte de meu livro ainda não publicado 2004 Poemas, escrito no ano retrasado. Felicitações a todos os artesãos da poesia!
Morto Amor
ou
Soneto da Morte Amiga
Este meu poema feito no escuro
Verte no papel o sangue da dor
De enlouquecer, sem precisão, no duro
E seco vazio de um morto amor.
Bate à porta, com violência, a Morte:
- Faz-me entrar, não há mais o que fazer!
Quero crer, mas não consigo, na sorte
Reservada ao meu eterno maldizer...
- Anda e vem, poeta amargo e esquecido,
É este o opróbrio de teu amor falecido:
Que destino outro tens se não o meu?
- Creio, enfim, que certa estás, Morte amiga:
Perdi a mulher que me amparava a vida,
Minha lógica há muito já morreu...
(Dilberto Lima Rosa, 2004 Poemas)
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