”Sonham os andróides com ovelhas elétricas?”: até as máquinas se apaixonam e desejam a "vida em cor-de-rosa"...
Como diriam os poetas, “A gente vai levando essa gema/ Mesmo com o nada feito, com a sala escura/ Com um nó no peito, com a cara dura/ Não tem mais jeito, a gente não tem cura”... E a gente leva, mesmo, mesmo sem saber pra onde, muito menos pra quê... Felizes são os que choram hoje por amor, porque amam, seja como for... É como diria o Poetinha, “Porque a vida só se dá pra quem se deu/ Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu, ai”... E é assim que deve ser...
Pois os poetas é que sabem das coisas... E viva os poetas e as poetisas, de carteirinha ou não, que abraçam a causa do amor em suas vidas como o mote maior, como a razão de tudo... Não aqueles que amam em cada esquina, não: esses vivem a dizer que se enganaram na rua anterior, mas nem sabem se perder... Quem ama se perde sabendo exatamente onde (e com quem) pisa!
E tantos foram os poetas que já falaram de amor em suas canções desde que o mundo é mundo e que no lugar do coração era o baço! Amor de trovador, amor em preto em branco, "amor 'I Love you'”, ‘mon amour’, "chuchu", e todos os paramentos sérios e tresloucados que a este sentimento é gentilmente dispensado...
Não consigo parar de te olhar: Cena do filme Dez coisas que odeio em você ”Amor é vida; é ter constantemente/ Alma, sentidos, coração – abertos/ Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,/ D’altas virtudes, ’té capaz de crimes!”: cada amor é um ‘show’ particular...
O Português é a melhor língua, especialmente se for para dizer sobre amor... Desde os nossos desacorrentados da Era do Rádio, passando pela melancólica felicidade da Bossa Nova, até o ‘pop’ dos descolados anos 70 e 80... Mas, 'I don’t know' (“I don’t knooooowww...”, como diria aquele ‘beatle’ sobre o fato de existir algo no jeito de ela saber, sorrir e se mexer...), lembrei-me destas três belas canções sobre o amor em Inglês, que também dizem tanto... E, neste dia 12 que já chega, embora um dia dos namorados inventado comercialmente, diferente daquele em Inglês e em fevereiro, o que importa é celebrar o amor que se quer, o amor pelo que se luta, aquilo pelo que se acredita, não importa o que sobre de nós ao final... Pois, como diria aquele poeta razoável, Dilberto L. Rosa, “O animal que somos nós dois/ nos devora e nos afaga/ na eternidade dúplice e dialética/ que digere, lentamente, nosso amor”...
”Everybody finds somebody someplace/ There's no tellin' where love may appear”: todo mundo ama alguém um dia... Todo mundo se apaixona por alguém de algum jeito... E ninguém sabe a hora nem o lugar em que isso pode acontecer de verdade...
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1 comentários:
Francisco on 10 de junho de 2009 às 12:59
disse...
Poeta razoável? Você fez uma síntese do verdadeiro amor, reunindo músicas e poemas que mesmo o maior "coração de pedra" fica apaixonado. Um abraço!
Ora, e o que sei eu do tempo para tergiversar a respeito...? Sei do tempo horrível que tive ao longo desse ano ruim, em que até os Morcegos ...
O primeiro poema a gente nunca esquece...
Morcegos
Sozinho Esvaindo nas sombras Surgindo do escuro Sem ninguém por perto Com medo de ouvir a própria voz...
...E a Lua era cheia, estava linda...
Ter que olhar para a Lua Sem nada encontrar Nada a declarar Sem ninguém para quem confessar A dor De estar às margens da loucura Cego de horror Como morcegos a voar sobre minha cabeça A grunhir em baixo tom Querendo mostrar meu tormento Ou imitar minha voz sofrida Esquecida
...Como é fundo, é profundo...
O mundo da agonia... A dor que me feria Voltou. Solidão Apenas começou...
(Dilberto L. Rosa, 1991)
Elucubrando arte nesse Brasil anticomunista antes que exilem este Morcego Vermelho...
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1 comentários:
Poeta razoável?
Você fez uma síntese do verdadeiro amor, reunindo músicas e poemas que mesmo o maior "coração de pedra" fica apaixonado.
Um abraço!
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