Não, não me refiro aos 70 anos do inaugurador do gênero super-herói nos quadrinhos, o Super-Homem – a não ser numa rápida menção a duas revistas com o Homem de Aço, ainda nas bancas em algumas cidades, que valem uma conferida: Superman 70 que “recomeça” novas estórias no universo DC (com direito a chaveirinho metalizado); e Coleção DC 70 Anos – As Maiores Histórias do Superman, com boas e curiosas aventuras, de diferentes épocas e artistas (e com 'button' do "S" do personagem). Tampouco estou falando do passamento recente do superator (alter-ego de piloto) Paul Newman, o gigante cênico dos personagens com gosto de fracasso, como o intrépido prisioneiro Luke de Rebeldia Indomável , o orgulhoso Brick de Gata em teto de zinco quente ou o bandoleiro mocinho de Butch Cassidy. Também não me pego em homenagear, talvez pelos deveres amaríssimos do tempo corrido, o maior escritor de nossa Língua (e do mundo!), Machado de Assis, cujo centenário de morte em setembro nos lembrou o quanto sua obra literária ironicamente genial conseguiu o feito de dialogar com um Rio de Janeiro de maioria analfabeta no século XIX e ainda dialogar com uma nação globalizada nos anos 2000, por ter sabido narrar os males da sociedade e das relações humanas como ninguém... Na verdade, a homenagem destes Morcegos segue para aquele superser que, tantas vezes, tem que pegar um grande número de conduções, seja nos rincões perdidos deste País, seja em modernas metrópoles, para, desviando-se de alunos desajustados e de minissalários radiativos, interpretar, à perfeição, não apenas um personagem, mas tantos quantos forem necessários para ampliar a precisão de sua didática, escrevendo e reescrevendo inúmeros livros pelos quadros-negros e pelas observações atentas nas correções das provas... A esse super-herói, cuja fantasia pode variar entre um jaleco e uma camiseta desbotada do Che e cuja missão é levar a educação adiante, sem esperar por um prêmio da Academia ou pelas batatas que a vida lhe reserva... Pelo sacerdócio da luta pagã do dia-a-dia – eu, que fui professor (ou sou, porque, além da carteira assinada perdida num armário qualquer, o espírito assim permanece...), sei do que estou falando... –, aos professores, o meu carinho por este dia!
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Não, não me refiro aos 70 anos do inaugurador do gênero super-herói nos quadrinhos, o Super-Homem – a não ser numa rápida menção a duas revistas com o Homem de Aço, ainda nas bancas em algumas cidades, que valem uma conferida: Superman 70 que “recomeça” novas estórias no universo DC (com direito a chaveirinho metalizado); e Coleção DC 70 Anos – As Maiores Histórias do Superman, com boas e curiosas aventuras, de diferentes épocas e artistas (e com 'button' do "S" do personagem). Tampouco estou falando do passamento recente do superator (alter-ego de piloto) Paul Newman, o gigante cênico dos personagens com gosto de fracasso, como o intrépido prisioneiro Luke de Rebeldia Indomável , o orgulhoso Brick de Gata em teto de zinco quente ou o bandoleiro mocinho de Butch Cassidy. Também não me pego em homenagear, talvez pelos deveres amaríssimos do tempo corrido, o maior escritor de nossa Língua (e do mundo!), Machado de Assis, cujo centenário de morte em setembro nos lembrou o quanto sua obra literária ironicamente genial conseguiu o feito de dialogar com um Rio de Janeiro de maioria analfabeta no século XIX e ainda dialogar com uma nação globalizada nos anos 2000, por ter sabido narrar os males da sociedade e das relações humanas como ninguém... Na verdade, a homenagem destes Morcegos segue para aquele superser que, tantas vezes, tem que pegar um grande número de conduções, seja nos rincões perdidos deste País, seja em modernas metrópoles, para, desviando-se de alunos desajustados e de minissalários radiativos, interpretar, à perfeição, não apenas um personagem, mas tantos quantos forem necessários para ampliar a precisão de sua didática, escrevendo e reescrevendo inúmeros livros pelos quadros-negros e pelas observações atentas nas correções das provas... A esse super-herói, cuja fantasia pode variar entre um jaleco e uma camiseta desbotada do Che e cuja missão é levar a educação adiante, sem esperar por um prêmio da Academia ou pelas batatas que a vida lhe reserva... Pelo sacerdócio da luta pagã do dia-a-dia – eu, que fui professor (ou sou, porque, além da carteira assinada perdida num armário qualquer, o espírito assim permanece...), sei do que estou falando... –, aos professores, o meu carinho por este dia!
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