segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O Cão Chupando Manga...


Nunca fora muito fã do ator Matt Damon, mesmo sendo ele um dos que mais sabem do riscado em Hollywood (alternando ‘blockbusters’ obrigatórios com filmes mais densos, tal como o companheiro George Clooney), mas devo reconhecer que Jason Bourne (ou David Webb ou qualquer outro nome que se descubra desse enigmático matador da CIA) já é um dos personagens imortais da galeria do Cinema mundial! Afinal, o cara é mesmo o “cão chupando manga”: detetive infalível, mestre em várias modalidades de luta e perito em aparecer do nada e voltar para o mesmo lugar-nenhum são qualidades bem conduzidas pelos dois diretores da série (Liman, apenas produtor dos dois últimos, assumidos por Greengrass, de Vôo 93). E, além de ressuscitar o gênero de ação/espionagem, essa trilogia joga, pelo menos em tese, James Bond e Batman no chinelo – Bourne faz todas essas proezas com um tiro no ombro, mancando e dentro de um táxi russo vagabundo, sem recorrer a nenhuma armadura emborrachada ou a algum Aston Martin ou Batmóvel cheio de traquitanas! Nem bem acabei de ver a reprise, no domingo retrasado, de A Supremacia Bourne na Record (atrasadíssima por causa de outro “cão”, o Bispo Edir Macedo, que resolveu rememorar a “injusta” prisão que sofreu em 92, numa matéria absurdamente capciosa, com a imagem do embusteiro religioso como um “mártir”, que acabou atrasando a divertida Heroes e, conseqüentemente, a sessão do filme), já me viro em dois para ver uma prometida cópia pirata (não vai dar pra esperar o lançamento em vídeo...) que um amigo me prometeu de O Ultimato Bourne...


Mas foi um legítimo “cão” que marcou as sessões de Cinema neste final de semana lá em casa: Jack Nicholson, como o inesquecível Jack Torrance de O Iluminado, de Stanley Kubrick, baseado no livro homônimo do mestre Stephen King, ainda é insuperável na interpretação do escritor que enlouquece lentamente como zelador da temporada de inverno rigoroso de um hotel nas montanhas do Colorado. Mas justamente esse enlouquecer não tão lento (na verdade, bem rápido, longe das várias camadas psicológicas que melhor justificavam a loucura do personagem no livro, como o alcoolismo esquecido no filme, por exemplo), juntamente com um enredo que simplifica demais as interessantes tramas bem exploradas no livro e abandonadas na película de Kubrick, acabaram por “diminuir” bastante este filme de horror psicológico. Não se podem negar alguns méritos, além da interpretação que esgotaria para sempre os maneirismos faciais de Nicholson: a fotografia feita em estúdio (com alguns ‘takes’ da fachada externa de um hotel do Colorado) e algumas cenas marcantes (como os passeios de velocípede de Danny pelo hotel, sempre surpreendidos por algo assustador, e o banho de sangue que jorra das portas do elevador) prendem a atenção e impressionaram toda uma geração de fãs por décadas... Mas, desta vez, fiquei com a maioria dos “adoradores” do livro: tudo bem que adaptações não devem necessariamente ser idênticas aos originais, mas a soma de tantas cenas longas e sem diálogo como única justificativa para a “vida” do Hotel Overlook evidenciam que o filme é pobre em desenvolvimento de personagens e, se não decepciona (afinal, estamos falando do gênio Kubrick), envelheceu como filme de horror e cai em armadilhas tolas, como alguns sustos desnecessários e ainda o “dedinho falante Redrum” do garotinho, que acabou se “apagando” diante de um verdadeiro capeta iluminado vivido por um ator que, guardadas poucas exceções (como o belo Confissões de Schmidt), a partir de então, só se repetiria...

A taça do mundo é nossa...


Enfim, nossos problemas acabaram: até 2014, a saúde, a educação e a infra-estrutura do País darão saltos olímpicos para a segunda Copa do Mundo no Brasil! Não vejo porque demoraram tanto para descobrir que o Futebol é que salvaria esta Nação! Decerto que o Eurico Gaspar Dutra não estará mais aí para repetir o último feito, mas parece que aquele gaúcho pai dos pobres está voltando para botar pra quebrar – e, considerando que da última vez o mandato dele durou tanto, mais 7 anos passarão rápido com ele! Só espero que, desta vez, o Barbosa não nos deixe na mão...
 

+ voam pra cá

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