quarta-feira, 22 de abril de 2020

MEU PRIMEIRO ROMANCE
(Sexto Mês)


Você ainda vai me amar amanhã...?



CAPÍTULO XI
"Dos meus braços tu não sairás"

Não consigo sequer me olhar no espelho depois daquele pesadelo da "ligação do Além"... Viajei no tempo para uma época que não tinha nada dessas rugas e marcas indeléveis por sob minha barba branca? Por que ela me ligaria? O que ela teria pra me dizer que não o fez quando teve oportunidade - eu lhe dei tantas (ou foi ela que me deu?)... E teria ela morrido realmente ou seria somente um delírio de alguém beirando a senilidade como eu? Não sei nem o que pensar - especialmente diante dos tantos porta-retratos em minha volta, cujas fotos nada me dizem dela... Vejo minha falecida esposa (que Deus a tenha...), meus três filhos em diferentes fases da vida, eu envelhecendo ao lado deles... No entanto, não a vejo em lugar algum, perdida que ficou eternamente jovem na minha mente confusa! Salta aos olhos, enfim, algo familiar: um grande painel formado pela minha antiga coleção de fitas K-7 e VHS: um agradável e belo mosaico de antigas Basf e TDK, todas hoje imprestáveis mesmo para essas vitrolas modernas com seus antigos tape decks e atualíssimas entradas HDMI (embora eu sinceramente creia, atualmente, não existir mais fita alguma daquela época não dominada pelo mofo ou pelas traças!). 

Só que esse painel foi ideia dela, ao ver minha desilusão quando encontrei, numa antiga caixa de papelão que trouxe da casa de mamãe depois de seu falecimento, todas as minhas antigas fitas de vídeo e áudio encaixotadas na minha adolescência para, "num futuro", eu limpá-las ou comprar alguma traquitana moderna que viesse a ser capaz de rodar de novo tais nostalgias do jeito em que se encontravam e retomar o carinho melancólico de idos tempos... Só que esse aparelho jamais foi criado ou relançado (VCRs se tornaram obsoletos diante dos discos digitais - hoje também obsoletos) e restava  então a tristeza de ter que me livrar de toda aquela viva memória afetiva - situação que ela jamais permitiu que se desse: "- Ah, isso não! Lindas demais essas histórias que você tem com esses filmes e canções gravados por você... E que já renderam tantos roteiros, crônicas  e contos teus tão fascinantes que nunca me canso de ler... Vou arrumar um jeito de preservar isso como elas merecem pra você!... E arrumou mesmo, nessa peça decorativa incrível que ela bolou e mandou fazer! Mas como isso veio parar aqui?

Curiosamente, é mesmo numa vitrola dessas modernas em estilo retrô, que tocam de LPs, CDs e k-7 a pen-drives - porém apenas emulam o formato antigo em charme vintage sem sequer chegar perto dos modelos originais em genuinidade e potência de som -, que agora começa a tocar Nelson Gonçalves. Percebo o som vindo do final do amplo espaço em que me encontro e me achego, apreciando a capa da fita k-7 original, meu avô tinha um disco igual - com o qual gravei uma fita caseira e ouvia muito em casa... Eu já tenho a idade que o meu avô tinha na época em que ouvíamos isso juntos? Ah... Dos meus braços tu não sairás! Cheguei a cantar para ela, chorando, numa noite fria... "Meu amor, Pensa bem no que tu vais fazer, Um amor sincero igual ao meu Hoje não se encontra mais"... "Não, não, não, não, amor Dos meus braços tu não sairás"... Talvez eu devesse ter tido mais dessa firmeza e autoconfiança naquele momento... Mas o que se há de fazer quando a Música da mulher que se ama muda de tom e de ritmo, passando ela a crer que a melodia antes composta em parceria simplesmente "não dá mais" para embalá-la e fazê-la sorrir...? É como essa velha canção tocando nessa vitrola nova querendo se passar por coisa antiga!

E as canções que se sucedem vão me levando de volta para o passado, quase na mesma velocidade que a minha mão passa a me tocar como um dia ela tocou... E, de repente, minha mão coberta de veias grossas, pelos esbranquiçados e manchas dos mais variados matizes se torna novamente a minha jovem mão da sua época - e ela, como que a vir tomar posse do que é seu, agarra minha mão, impedindo-me de me tocar, passando a segurar toda a minha virilidade, tomando-a em sua boca e em seguida, de pequenina em estatura, crescendo para cima de todo o meu corpo como uma Tigresa de unhas vermelhas e íris cor de mel (não a de Caetano; mas a minha própria): e sou jovem outra vez, homem outra vez, e, suspendendo-a firme com meus braços e mãos fortes, tiro-a de cima de mim para alcançar nosso gritado gozo de almas virando-a de costas contra mim, eu o tigre nela montado, mordendo-a nos ombros e indo até o fundo de nós dois nesse amálgama que alcançava as estrelas... E mais uma vez não sei onde estou - coisa nada difícil de acontecer quando fazíamos amor, uma vez que simplesmente viajávamos sempre para muito longe de onde estávamos e só voltávamos quando nossas coxas descansavam... Tudo muito vivo e forte... Mas sigo velho - e sua juventude desaparece com sua boca mais linda... Ao menos já sei ser possível trazê-la para esta realidade absurda em que pareço estar preso por enquanto: basta amá-la, sabendo e vivendo do seu ser...

Sempre relutei em ter uma dessas vitrolas, mas essa foi presente... Mas eu lembro ter falado tão mal com minha ranzinzice que ela desistira de ma comprar... E quem é essa moça tão bonita sorrindo ao meu lado que surge jogada agora na foto desse porta-retratos por cima das velhas caixa de fitas, que também brotam nesse imenso e branco espaço vazio? Como se parece com ela...

CAPÍTULO XII
"Por toda a minha vida..."

Eu consigo carreá-la para qualquer ponto da minha existência, com a força e a pressa de um pensamento ou de uma canção... Porque já é parte de mim a essência de que éramos um do outro antes mesmo de acontecer... Vejo-a tranquilamente coexistindo em todos os meus mundos perdidos da memória: ela brinca comigo de ludo nas férias escolares de vez em quando enquanto minha mãe prepara o almoço e seus pais, ainda sem babá, não voltam do trabalho; ela conversa comigo por horas ao telefone sobre o quanto me adora enquanto briga com seus pais, que a forçam a desistir de Sociologia que prestaria comigo ao final do Ensino Médio para abraçar Medicina, porque o irmão já fazia esse curso e estava com o "futuro garantido"; a gente combina rachar o restinho das mesadas num lanche no shopping e fica certo que, no final de semana, depois de terminarmos de estudar para o vestibular simulado, ela vai me ajudar com o armazenamento das minhas fitas emboloradas nas caixas que ela mesma arrumou com aquele seu tio dono de armazém; a gente passeia a pé sem um tostão no bolso e para no meio da ponte, ao entardecer, e se beija ao pôr-do-sol, como o casal mais feliz do mundo com a vida inteira da fase adulta pela frente... E sempre fomos felizes... Em qualquer época...

Viajar assim por entre as eras até me apascenta a espera, porém me agita na certeza dela e de querê-la como nunca antes quis! Porque então eu como com ela aquela pizza carregada no alho e nas alcaparras de que tanto gostávamos, cantamos no karaokê enquanto saboreamos o risoto de camarão daquele bistrô e passeamos com nossos copinhos de caldos de ovos da cantina a equilibrar, no outro braço, provas e artigos para revisar pelos longos gramados da Federal - que essas coisas todas vivemos realmente, nas delícias das mais simples às mais complexas de nossa vida real e cheia de sabores. Nossa vida é uma delícia... Mas toda essa poesia gastronômica é interrompida por uma cegamente clara e branca liturgia - e, imerso como num sonho cheio de sinestesias, eu ouço Por toda a minha vida, do velho Tom, entoado por um pequeno coro de 3 vozes femininas e passo a me ver numa igreja, onde, depois de muito procurar em volta, digo "sim", mesmo sabendo não se tratar dela por baixo do véu... E o que se lhe sucede é uma vida aparentemente boa e pragmática, bem orquestrada num mundo em cinza com alguns toques coloridos... E, mesmo sem ter a menor noção da sua marca no universo, sei que ainda vou encontrá-la em algum lugar do meu caminho... 
CAPÍTULO XIII
Recapitulando...

Havia sempre o "um, dois, três - testando" a inaugurar os "trabalhos" diante de um gravador quando eu era criança, ocasião em que eu podia ser locutor de rádio, apresentador esportivo... Depois, adolescente, algumas fitas bem podiam servir para rememorar estudos para as provas mais difíceis: nem sei por que me lembro disso agora... Talvez seja por causa do celular na mão trêmula e sangrando, a tentar gravar e deixar alguma coisa de relato do acidente que acabei de sofrer capotando com o Corolla prateado... Mas não consigo sequer erguer o braço e deixo o telefone quicar no asfalto seco... Preciso de qualquer registro, nem que seja somente pra mim: deixe-me recapitular... Tenho 36; ela, 34; lecionamos Sociologia na mesma universidade pública, mas nos conhecemos numa particular... Somos casados - não, moramos juntos, que eu sempre tive medo de casamento... Mas não, não moramos mais: nós nos separamos - agora há pouco... Na verdade, ela se separou de mim... É, foi isso: ela gritou que não dava mais e eu gritei que ela esconde algo de mim (talvez alguma coisa com aquele nosso ex-aluno - como é mesmo o nome dele, meu Deus?)... Sem pensar, peguei o carro e saí em alta velocidade... Sempre dirigi bem, nem sei o que foi... Ah, sim: foi naquela hora em que fui tentar arrancar o pen-drive quando, em meio a toda aquela correria desenfreada, notei que começou a tocar You got it, de Roy Orbison... Roy Orbison só me lembra a ela... Capotei... E tudo começa a ficar uma grande imensidão branca, sem som nem forma...

Preciso me lembrar mesmo de tudo isso nesse momento, que já enveredei demais por tantas e vindas no tempo em meio a tantos personagens e possibilidades, senão posso até me perder na continuação do escrever os próximos capítulos deste meu primeiro e já tão difícil romance...
CAPÍTULO XIV
"E eu trilhando os últimos espaços
Pra ficar no conforto dos teus braços
Qualquer coisa no mundo eu enfrento"...

Mesmo ainda sem saber de onde eu vinha ou em qual momento eu estava (ou de que época eu era), a escuridão em branco surdo que a tudo tomava começou a se dissipar e me mostrar um caminho - assim como um som, ao fundo, que se evidenciava como sendo Claire de Lune, de Debussy. E o caminho, revelando-se aos poucos como numa fotografia esmaecida, jeito onírico, como que passando de um fim de madrugada para uma manhã, era a curva que fazia aquele trecho do passeio público que mais gostávamos de percorrer juntos quando ela e eu nos púnhamos a caminhar, por baixo de uma alameda que a tudo sombreava com suas folhas coloridas, por entre pequenos montes de terra e vegetação crescida a esmo, e que passava bem em frente à antiga casa da minha finada "tia rica" (assim a chamávamos, sovina que só ela), de quando morava ali, em frente à lagoa quando nem havia ainda o Parque da Lagoa. Agora eu tinha um chão pra pisar para além daquela escuridão branca sem começo nem fim - e uma direção... E passava então por ali, naqueles mesmos montinhos de terra que à minha infância pareciam grandes morros, onde minha Tia Rica enterrava seus cachorros falecidos - ao menos foi assim que me contaram, um dia, meus "primos ricos", filhos dela, o que me deixou sem dormir naquela noite porque ou eu vira ou eu pensava que vira, condicionado pelas conversas de se enterrarem ali "cadáveres caninos", uma carcaça de mandíbula de um cachorro pequeno (poderia ser um dos pequineses que criavam) e, assim, passei a noite toda gritando por minha mãe imaginando um lobisomem vindo do escuro para me assombrar...

Gostava de contar essa história a ela, sempre que passávamos por aqui... Agora me parece que estou sozinho, sem mais mundo sequer... O mais curioso era o quanto esse lugar me trazia tanto dela, numa sensação boa de vida a toda vez que por esse trecho passava com ela, ou quando por aqui acabei passando sozinho: era como se fôssemos nós dois, a vagar pelo tempo neste corredor de árvores tão velhas e de ela ir comigo para onde jamais esteve, nos meus tempos de criança... Ou será que ela esteve? De repente, vejo crianças brincando na ladeira do morrinho e, ei: são meus primos mais velhos (os "primos ricos" eram 4: os dois mais jovens regulavam minha idade), eu com uns 8 anos e... ela?! Como ela podia estar aqui?!

- Venha, meu cavaleiro! Venha me salvar desse monstro! - no que aparecia o pequinês mais rabugento da Tia, nunca suportei aquele cão, desde que me arranhara a perna certa feita!
- Estou aqui por você, princesa Leia! - sim, vivíamos o fervilhar do lançamento de Guerra nas Estrelas... No que eu, apesar do medo inquieto do cachorro, batia o pé no chão, expulsando o chato de perto do "castelo", que saiu rosnando e derrubando algumas caixas de papelão perfiladas que a separavam de mim, como muralhas onde estaria presa, e eu, mesmo criança, sabia que sempre poderia ajudá-la.

Ao fundo da cena, meio sem graça com o abraço efusivo que nos demos ao final do "salvamento" de brincadeira (como era bom o cheiro dela) na nossa pequena ilha desenhada de giz no chão, meus primos, ricos e chatos toda vida, passam a provocar cantarolando alguns versos de Raul: - Viva, viva, viva a sociedade alternativa..., a caçoar daquelas pequenas loucuras infantis. E assim, ao som das gargalhadas daqueles dois moleques inconsequentes e da pura visão do que já nem sei se vivi ao lado dela ou não, eu vou me sentindo impelido a seguir pelo caminho, dando as costas para aquele quadro que, muito ao contrário do que desejavam me humilhar as picardias de meus parentes adolescentes, acabou por me fazer viver, viver, viver - como há muito não fazia...
Ficheiro:Queen - Love of my Life - 1979.jpg – Wikipédia, a ...
CAPÍTULO XV
Love of my life

Aí ela disse: - Deixa assim, amanhã a gente resolve'. E eu logo respondi: - Até amanhã...

Sentei no sofá, só me restando o copo de vinho e a solidão, aquela que mais doía: a solidão a dois. 
Olhei o celular e ela continuava online. Fiquei olhando e não apareceu a palavra 'digitando'. E eu não ia dar o braço a torcer; afinal, a culpa nunca é minha! 

Vinte minutos depois, ela não estava mais lá. Uma voz lá no fundo me trouxe uma sensação estranha, era como se ela dissesse: - E aí, está satisfeito? Curtindo saber que ela está mal? E eu respondia: tentei conversar, ela não quis. No que a voz retrucava: tentou o bastante? Fez o suficiente? Quantas vezes você estava assim e ela tentou conversar? E os esforços para sempre acertar? E as coisas que ela fez por você? Será que ela não merece nada mais que o seu estouro? 

Percebi então que tudo aquilo era só eu conversando mais comigo mesmo do que com a pessoa que eu tanto gostava - e que, provavelmente, nem estava conseguindo dormir justamente porque não tentei de verdade resolver a situação!

Peguei o celular e liguei: - Me perdoa, amor, você não merece dormir mal por essa situação... Se quiser resolver amanhã, a gente resolve, mas hoje, é tudo o que eu tenho! Quero muito que saiba o quanto gosto de você e a admiro... E acabo descontando em você por ser a única em que eu confio.

A voz dela mudou e eu senti que aquela situação teria sido desfeita se eu fosse outra pessoa - ela era tão simples..

Terminei de ler aquela folha impressa por ela às pressas, antes de sair do trabalho hoje - vi pela impressão que saiu mais tarde do que seu horário para poder produzir aquela narrativa que não só parecia debochar com raiva dos meus personagens e estilo, como também esfregava na minha cara o quanto meu protagonista e tudo em sua volta deveriam mudar na narrativa a fim de serem mais verdadeiros, de acordo com ela... Simplesmente lhe enviara mais alguns capítulos, mesmo em meio a essa nossa crise, para que desse uma olhada como sempre fazia - só que jamais imaginei que, ao contrário de como costumava fazer, chegar me dando boas críticas construtivas ou mesmo dizendo que se emocionara com tais e tais partes, hoje ela simplesmente chegou com essa folha meio amassada e até um pouco molhada talvez respingada por lágrimas, dizendo pra mim assim na lata: - Já me calei demais aqui, quero ter vez e voz agora! Eis aqui um capítulo que o grande escritor deveria colocar nesse romance!. E terminei chorando, sem conseguir dizer qualquer coisa... E, ao cabo de alguns instantes de silêncio entre nós dois, improvisei:

- Não me faz chorar mais...

No que ela irrompeu, logo se defendendo que eu jamais a enxergara nem o quanto ela chorara, somente a pintando como uma bruxa tanto no meu início de romance como na nossa vida como um todo, quando logo continuei, mostrando-lhe que aquele não era o início de uma conversa em que mais uma vez não conseguiríamos nos entender, mas, sim, o título de um pretenso poema...

Repeti o título: - Não me faz chorar mais... E prossegui:

Este poema que te choro agora,
Aqui mesmo na nossa sala
Onde tanto cansamos de gastar as solas
Dos nosso leves pés de danças e de sonhos
Como se aqui fosse um imenso salão
Que criamos maior e diferente
Para cada canção tocada e vivida,
É uma coisa bem simples,
Arremedo de poema até...
Mas essa coisa tola que te canto agora
É para guardar, lembrar e ser vivida
Como uma das nossas músicas
Mais sentidas, amadas e curtidas
Como só tu tens aquele jeito lindo
De viver cada canção...
É para lembrar que o amor
Ainda é o maior motor de todas
As melhores canções já feitas
E por nós tão vivenciadas
Em cada passo da caminhada
De nós dois.
E o amor que te grito agora
Nesse poema que te pede paz
Nos canta a nos eternizar
E nos fazer crescer e viver
Ainda e sempre mais...
Então por favor, eu te rogo,
Agora e em cada canção que nos seguir:
- Não precisa de nada disso...
Não me faz chorar mais...

Mal eu disse o último verso e ela, aos prantos e como que sabendo exatamente onde o poema acabaria, subiu em mim com a chama antes aparentemente apagada com o fechamento e a falta de diálogo, agora novamente acesa com todo o ardor da canção que começou a tocar na vitrola: nem nos déramos conta de que o jantar que eu fizera esfriava na mesa nem que meu clássico compact disc do Queen já tocara o lado B quando, enfim, foi mudado automaticamente de lado e passamos a ouvir Love of my life - e, tal como se traduzíssemos não-intencionalmente cada verso, nós começamos a tirar as roupas nos pedindo e prometendo quase que cada passagem do que entregava tão apaixonadamente Freddie Mercury ao piano enquanto fazíamos amor ao longo de toda a madrugada, mesmo muito tempo depois de o LP ter acabado e a agulha, antes tão ativa, ter finalmente parado e repousado... Bring it back, bring it back, don't take that away from me because you don't know what it means to me...


CONTINUA...
 

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